sábado, 20 de outubro de 2007

Descoberta de sítio arqueológico em igreja do Rio surpreende


Um sítio arqueológico com vestígios históricos anteriores à fundação do Rio de Janeiro foi encontrado no Centro da cidade. A descoberta surpreendeu até os técnicos que trabalham na obra de restauração da Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, na Rua Sete de Setembro com Primeiro de Março.

Restos de uma fortificação feita de taipa de pilão, uma técnica de origem européia que utiliza uma espécie de fôrma de madeira recheada de argamassa de cal para fixar toras de madeira, uma machadinha rudimentar feita de pedras, vestígios de uma fogueira indígena e cerca de 30 esqueletos foram encontrados no complexo da igreja.

“O conhecimento que se tem da história da cidade é através de registros. A importância desse achado é que ele confirma isso tudo. É a primeira vez que temos um material que confirma tudo que tem documentado”, explica o secretário de patrimônio do município, André Zambelli. Ele acredita que os vestígios são do início do século XVI, pouco antes da fundação do Rio, em 1565. A data, no entanto, precisa ser confirmada por exames laboratoriais.

Segundo o superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Carlos Fernando Andrade, o local ganhou uma importância por causa do número de construções encontradas ali. Por isso, foi decidido que a região será o primeiro museu sitio arqueológico do Rio de Janeiro. A visitação ao público será aberta em março de 2008, data prevista para o trabalho de restauração da igreja terminar.

A fortificação, também chamada de paliçada, teria sido erguida para evitar invasões e o roubo de cargas, muito comum naquela época. Por essa hipótese, os índios seriam usados pelos portugueses ou pelos franceses para o trabalho de defesa.

Colaboração: Maatl
Fonte: O Globo on line

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