sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Vaticano lança obra inédita sobre processo contra Templários


Composta por 799 exemplares numerados, a obra Processo Contra Templários foi lançada oficialmente nesta quinta-feira, 25, no Vaticano. Os documentos, até agora considerados secretos de um dos grandes julgamentos da História, que condenou ao fim os Cavaleiros dos Templários, serão vendidos em edição bilíngüe - italiano e inglês.

O preço, equivalente a mais de R$15 mil, no entanto, não é nada acessível para a maioria dos interessados no assunto e até mesmo para as bibliotecas especializadas. Um dos destaques é a reprodução dos originais em pergaminho do ato de Chinon, de 1308, do antigo processo de condenação dos Cavaleiros dos Templários. Ele mostra que o papa Clemente 5º reabilitou inicialmente os Templários acusados de heresia e blasfêmia. No entanto, considerou que eles praticavam imoralidades. Segundo o historiador medievalista Franco Cardini, o papa planejava reformar o grupo religioso e militar medieval, mas nunca o condenou. De acordo com o estudioso, o pergaminho "testemunha que o pontífice não considerava a ordem herege".

A Ordem dos Cavaleiros Templários foi fundada em Jerusalém, em 1118, por nove cavaleiros franceses, para defender os peregrinos cristãos na Terra Santa durante as Cruzadas. Posteriormente, eles receberam várias doações de terras na Europa, ganharam enorme poder político, militar e econômico, o que acabou permitindo estabelecer uma rede de grande influência no continente. Depois do processo condenatório, muitos cavaleiros foram perseguidos, presos, torturados e queimados. A ordem foi extinta em 1312 devido a pressões do rei da França Filipe o Belo, que impôs a eliminação dos Templários.

Segundo o Monsenhor Sergio Pagano, prefeito do Arquivo Secreto Vaticano, todos os mistérios que cercam a Ordem dos Templários e sua dissolução após o julgamento da inquisição estão no livro. Ele diz que a obra conta com rigorosos conteúdos históricos e científicos sobre o processo, que, em outubro, completou 700 anos.

Fonte: BBC Brasil

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