Maria Gabriella e Maria Beatriz de Sabóia, filhas do último rei da Itália, Umberto II, asseguraram ontem que não exigirão uma indenização ao Estado pelos "danos sofridos" durante 56 anos de exílio, como reivindicam seu irmão Vittorio Emanuele e seu sobrinho Emanuele Filiberto. "Como membros da Casa Real de Sabóia, queremos dizer que não apoiaremos de modo algum a solicitação de danos apresentada contra a Itália por nosso irmão e seu filho", asseguraram as duas aristocratas à imprensa italiana.
Na semana passada, Vittorio Emanuele e seu filho enviaram uma carta ao primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, e ao presidente, Giorgio Napolitano, na qual solicitam 170 milhões de euros de indenização pelos "danos sofridos" durante o exílio. Na carta, eles reivindicam também a restituição de todos os bens confiscados à Coroa, que incluem vários edifícios, jóias e o Palácio de Quirinale, atual sede da Presidência da República. Umberto II morreu após um "interminável e sofrido exílio, sempre amando a pátria distante", afirmaram as irmãs, para quem Vittorio e seu filho "agora representam somente a si mesmos". "Agora não lhes restou mais nada a não ser levar a julgamento a nação italiana, à qual nossos antepassados serviram", acrescentaram.
Fonte: Agência EFE
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