Uma cidade às margens de um Rio. Igrejas, mosteiros, palácios. Foi esta Lisboa que toda a corte portuguesa abandonou em 1807 para atravessar o oceano e vir para o Brasil. O Rio, por sua vez, era uma cidade que tinha apenas 46 ruas. E era um grande porto às margens de uma baía paradisíaca. “O Rio de Janeiro era um oriente. Tinha indiano, tinha negros, tinha chineses... Era um ponto do império português de grande importância para aquisição e trocas de mercadorias... Nessa cidade, pequena ainda, que vai, pra quem conhece o Rio de Janeiro, do limite da Rua Uruguaiana, depois vai até mais ou menos onde é hoje a Praça Mauá e, em direção à Zona Sul, a Botafogo. E não mais do que isso”, explica o historiador Nonato Duque Estrada.
O que tinham e têm em comum as cidades de Lisaboa e o Rio? A Lisboa do início do século XIX ainda era uma cidade onde se jogavam dejetos nas ruas e onde havia escravos. A água vinha pelo aqueduto que existe até hoje, mas os dejetos iam parar nas águas do Tejo. O Rio também era uma cidade sem saneamento. Havia o aqueduto nos mesmos moldes, mas os escravos carregavam barricas com lixo e dejetos e já naquele tempo despejavam a sujeira na Baía de Guanabara. Não havia luxo algum nas casas nem no Paço onde vivia o vice-rei. Embora não se exibissem riquezas, o dinheiro corria. Esta cidade em que tudo estava por fazer foi escolhida por estratégia comercial. “É porque o Rio de Janeiro, tem que dizer isso, era a segunda cidade mais importante do reino de Portugal, primeiro Lisboa, segundo, Rio de Janeiro”, conta o historiador Nireu Cavalcanti.
Hoje, Rio e Lisboa têm ainda mais em comum. O bondinho que corta as ruas de paralelepípedos, o casario antigo, os pequenos becos e vielas estão aqui e lá. Por todo o lado em Lisboa a gente caminha sobre os desenhos sinuosos das calçadas de pedra portuguesa. O mais curioso é ver na praça D Pedro IV, o nosso Dom Pedro I, a Praça do Rocio, esse traçado parecido com o famoso desenho da Praia de Copacabana. Só que é o de Lisboa o original. Criado para representar o encontro das águas doces do Tejo com as do Oceano Atlântico. No Centro do Rio, uma edificação chama a atenção de quem passa: o Real Gabinete Português de Leitura, em estilo manuelino, de Dom Manuel, o rei que promoveu as navegações. O melhor exemplo desse estilo em Lisboa é o belo e imponente mosteiro dos Jerônimos. A corte que há 200 anos veio para cá acabou por se encantar com essas terras tropicais.
O que tinham e têm em comum as cidades de Lisaboa e o Rio? A Lisboa do início do século XIX ainda era uma cidade onde se jogavam dejetos nas ruas e onde havia escravos. A água vinha pelo aqueduto que existe até hoje, mas os dejetos iam parar nas águas do Tejo. O Rio também era uma cidade sem saneamento. Havia o aqueduto nos mesmos moldes, mas os escravos carregavam barricas com lixo e dejetos e já naquele tempo despejavam a sujeira na Baía de Guanabara. Não havia luxo algum nas casas nem no Paço onde vivia o vice-rei. Embora não se exibissem riquezas, o dinheiro corria. Esta cidade em que tudo estava por fazer foi escolhida por estratégia comercial. “É porque o Rio de Janeiro, tem que dizer isso, era a segunda cidade mais importante do reino de Portugal, primeiro Lisboa, segundo, Rio de Janeiro”, conta o historiador Nireu Cavalcanti.
Hoje, Rio e Lisboa têm ainda mais em comum. O bondinho que corta as ruas de paralelepípedos, o casario antigo, os pequenos becos e vielas estão aqui e lá. Por todo o lado em Lisboa a gente caminha sobre os desenhos sinuosos das calçadas de pedra portuguesa. O mais curioso é ver na praça D Pedro IV, o nosso Dom Pedro I, a Praça do Rocio, esse traçado parecido com o famoso desenho da Praia de Copacabana. Só que é o de Lisboa o original. Criado para representar o encontro das águas doces do Tejo com as do Oceano Atlântico. No Centro do Rio, uma edificação chama a atenção de quem passa: o Real Gabinete Português de Leitura, em estilo manuelino, de Dom Manuel, o rei que promoveu as navegações. O melhor exemplo desse estilo em Lisboa é o belo e imponente mosteiro dos Jerônimos. A corte que há 200 anos veio para cá acabou por se encantar com essas terras tropicais.
“Com passar dos anos, se percebe que houve um... aquele cenário tropical foi atrativo para muitos homens que vieram com o rei. Tanto é que quando D. João voltou, muitos nobres que vieram com ele não foram embora, ficaram morando aqui. Pessoas do círculo próximo dele, homens de confiança escolheram ficar aqui. Porque era maravilhoso”, argumenta o historiador Jurandir Malerba.
Do O Globo on line
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