A justiça italiana emitiu na segunda-feira (24) mais de 135 ordens de prisão contra pessoas que participaram da Operação Condor. Entre os relacionados estão 13 brasileiros. Todos são acusados de participar do desaparecimento, seqüestros e assassinatos de cidadãos italianos durante os anos da ditadura nas décadas de 1970 e 1980. Os nomes dos brasileiros, porém, não foram divulgados, e a imprensa italiana fala em 139 e também 140 ordens de prisão. A Operação Condor foi aplicada nos anos 70 e 80 pelos regimes militares da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai para eliminar os oposicionistas, principalmente simpatizantes de esquerda. No período em que durou o ‘plano Condor’, os presidentes do Brasil foram Emilio Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo. A operação, que deixou centenas de vítimas desaparecidas, nasceu durante a Primeira Reunião de Trabalho da Inteligência Nacional, realizada em Santiago (Chile), entre 25 de novembro e 1 de dezembro de 1975, segundo a documentação acumulada em investigações.
Algumas das pessoas que foram citadas na lista, porém, já estão mortas, como o ex-ditador chileno Augusto Pinochet. Foram citados ainda o ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla, o almirante Emilio Eduardo Massera, e Juan María Bordaberry, ex-comandante da junta militar do Uruguai. Além dos 13 brasileiros, há ainda argentinos, bolivianos, chilenos, paraguaios, peruanos e uruguaios. Já Néstor Jorge Fernández Troccoli, um uruguaio de 60 anos, ex-membro do serviço secreto da marinha de seu país, foi detido em Salerno (sul da Itália), onde vive há alguns anos. A justiça italiana já vinha investigando o caso Condor desde o final dos anos 90.
O incentivador da Operação Condor foi o então coronel Manuel Contreras, fundador da Dina, a polícia secreta do regime do general Augusto Pinochet, mas o plano também contou com o apoio de agentes dos Estados Unidos. "A Operação Condor representou um esforço cooperativo de inteligência e segurança entre muitos países do Cone Sul para combater o terrorismo e a subversão", assinalava um informe desarquivado pela Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, em 22 de agosto de 1978.
Algumas das pessoas que foram citadas na lista, porém, já estão mortas, como o ex-ditador chileno Augusto Pinochet. Foram citados ainda o ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla, o almirante Emilio Eduardo Massera, e Juan María Bordaberry, ex-comandante da junta militar do Uruguai. Além dos 13 brasileiros, há ainda argentinos, bolivianos, chilenos, paraguaios, peruanos e uruguaios. Já Néstor Jorge Fernández Troccoli, um uruguaio de 60 anos, ex-membro do serviço secreto da marinha de seu país, foi detido em Salerno (sul da Itália), onde vive há alguns anos. A justiça italiana já vinha investigando o caso Condor desde o final dos anos 90.
O incentivador da Operação Condor foi o então coronel Manuel Contreras, fundador da Dina, a polícia secreta do regime do general Augusto Pinochet, mas o plano também contou com o apoio de agentes dos Estados Unidos. "A Operação Condor representou um esforço cooperativo de inteligência e segurança entre muitos países do Cone Sul para combater o terrorismo e a subversão", assinalava um informe desarquivado pela Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, em 22 de agosto de 1978.
O informe acrescentava que "o coronel Manuel Contreras, chefe da Dina, iniciou um programa de colaboração entre os serviços de inteligência de diferentes países da América do Sul, o qual batizou como Plano Condor"."Há informação adicional de que a cooperação entre os países incluiria planos para assassinar subversivos, políticos e figuras proeminentes dentro dos limites do país", assinalava outro documento da CIA, datado de 16 de agosto de 1976.Um dos mais perseverantes investigadores da Operação Condor é o advogado paraguaio Martín Almada, que descobriu em seu país os chamados "Arquivos do Terror": dezenas de milhares de documentos que mostravam pela primeira vez, de forma oficial, as operações coordenadas entre as ditaduras do Cone Sul. Durante uma visita a Santiago, em setembro de 2001, Almada afirmou que Pinochet e Contreras lançaram uma "guerra santa" para eliminar a oposição no Chile e em outros cinco países da região. "Eles globalizaram o terrorismo e não se deram conta de que, 25 anos depois, viria a globalização da justiça através de Baltasar Garzón", disse Almada, fazendo alusão ao juiz espanhol que, em outubro de 1998, conseguiu que o general Pinochet fosse detido em Londres, desencadeando o processo de punição dos crimes cometidos pelo ex-ditador.
Do Globo on line
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