sábado, 29 de dezembro de 2007

A virada do ano dos italianos



A própria casa está confirmada como o local ideal para brindar o Novo Ano. Neste ano, mais de oito italianos em 10 escolherão as quatro paredes para a ceia de São Silvestre, enquanto só 5% jantarão em restaurantes. Mas haverá uma economia nos gastos para os menus tradicionais e os brindes caseiros. Uma pesquisa de Confesercenti- Pubblica Res calcula uma queda de 3,5% dos gastos em relação ao ano passado, com € 2,8 bilhões contra os 2,9% do “Capodanno” 2007. A economia prevista será ainda mais consistente do que nas festas de Natal (a tradicional ceia do dia 24 e o almoço do dia 25). Em média, por ocasião da noite de São Silvestre, sairão dos caixas familiares € 118, com uma redução de 12% por família em relação a 2006.

Como nos anos anteriores, os italianos passarão a virada de ano predominantemente em casa, ao lado de amigos e parentes, explica a pesquisa, lembrando que se trata de um comportamento constante: 83% dos italianos (porcentagem regular desde 2001) festejam em casa enquanto o restaurante é a meta preferida de 5% da população e a discoteca seduz somente 2% dos jovens entre 18 e 24 anos. Cresce também o número de italianos que festejará o Ano Novo na Itália, enquanto apresenta uma queda o número dos que aguardarão a chegada de 2008 no exterior. Quanto à compra dos tradicionais fogos de artifício, só 14% dos italianos terão esse gasto, contra os 18% do ano passado. Os que mais se sentem atraídos pela pirotecnia são os mais jovens, entre 25 e 34 anos. Mesmo assim, os italianos economizarão e o gasto médio neste setor equivalerá ao do biênio 2003-2004.

A compra de fogos de artifício comportará um gasto médio de € 62 euros, 12 a menos do que em 2006, com uma queda de 16%, conclui a pesquisa. O 2008 será recebido pelo pipocar de mais de 40 milhões de tampas de espumante, em sua grande maioria de procedência italiana. É o que destaca a CIA - Confederação Italiana de Agricultores, que evidencia que “os italianos no brinde do Ano Novo gastarão cerca de € 320 milhões. Segundo a CIA, haverá um aumento do consumo de espumante equivalente a 1,5% em relação à virada de 2007. Também aumentarão os gastos (8%), principalmente pelo encarecimento no setor decorrente da vindima não muito rica, acrescenta a confederação. A organização agrícola afirma que “60% das garrafas de espumante serão abertas em família. O preferido nas casas italianas será o espumante doce (57%), seguido pelos secos e brut e pelo champanhe”. A CIA destaca também que 2007 será lembrado como o ano dos recordes para os espumantes italianos no mundo. No mercado norte-americano, em particular, as vendas cresceram 22%. Também é significativo o aumento registrado no Japão (9%), na Alemanha (12%) e na Espanha (9,5%). É o momento de glória para este setor italiano. Um sucesso que se verifica principalmente entre os jovens, que redescobrem o sabor e o aroma característicos dos espumantes.

Da Ansa

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