A possibilidade de que sejam convocadas eleições antecipadas na Itália aumentou nesta segunda-feira, ao terminar a terceira rodada de consultas feitas pelo presidente da República, Giorgio Napolitano, após a crise iniciada com a renúncia do primeiro-ministro Romano Prodi.As consultas oficiais serão concluídas na terça-feira após duas reuniões: uma com o magnata da mídia e líder conservador Silvio Berlusconi e outra com o secretário do Partido Democrático (PD), Walter Veltroni.Os dois principais aliados de Berlusconi - a Liga Norte de Umberto Bossi, populista, e a Aliança Nacional, de direita, de Gianfranco Fini - pediram nesta terça-feira eleições antecipadas ao presidente da República, com data a ser fixada para abril ou maio.
"Quanto mais se adiar as eleições, mais dano se causa ao país", assegurou no término do encontro Roberto Maroni, numero dois da Liga, formação que obteve 4,6% dos votos nas eleições legislativas de 2006. "Podemos dissolver o parlamento e dar voz aos eleitores", assegurou por sua parte Fini, líder da segunda força da direita, com 12,3%. A única força da oposição de direita que é favorável a um governo de transição formado por personalidades é a União Democrática de Centro (UCD), que com 6,7% dos votos, defende a idéia de "pacificar" politicamente o país.Boa parte da esquerda, como o Partido da Refundação Comunista, com 5,8% dos votos, pede a formação de um governo provisório que reforme a lei eleitoral, indicada como a responsável pela paralisia política que atinge o país.Além disso, sempre foi claro que o chefe de Estado se opõe a convocar eleições antecipadas com a lei vigente, adotada por Berlusconi seis meses antes das eleições de 2006 e apontada como prejudicial à esquerda.
Tudo parece indicar que Napolitano não conseguiu chegar a um consenso para um governo interino, cuja direção poderia ser confiada ao presidente do Senado, o ex-sindicalista católico Franco Marini.
Da AFP/do Globo on line
Nenhum comentário:
Postar um comentário