Autoridades disseram que provas importantes no escândalo de espionagem da Fórmula 1 foram recolhidas junto à McLaren, cujos executivos foram interrogados esta semana na Grã-Bretanha por investigadores italianos. No ano passado, a McLaren perdeu todos os seus pontos no mundial de construtores devido à suspeita de espionagem contra a escuderia italiana Ferrari. De acordo com nota divulgada pela polícia, o material recolhido na equipe britânica "vai se encaixar no quadro geral das provas", do qual "claramente emerge a responsabilidade da administração e de alguns técnicos de alto escalão da McLaren".
Giuseppe Tibis, promotor da província de Modena, onde fica a sede da Ferrari, é o responsável pela investigação judicial que levou aos fatos de quarta-feira. A polícia disse ter ido ao Centro de Tecnologia da McLaren e às casas do diretor-geral da equipe, Ron Dennis, do executivo-chefe Martin Whitmarsh, do diretor de engenharia Paddy Lowe e de dois funcionários graduados, Jonathan Neale e Rob Taylor. A McLaren informou na quarta-feira que a polícia "ficou completamente satisfeita com a cooperação que recebeu". Whitmarsh disse na quinta-feira ao site www.autosport.com que são inverídicas as especulações sobre o afastamento de Dennis. "As visitas [da polícia] foram meramente parte de inquéritos em andamento por parte das autoridades italianas. Como tal, não foram realmente muito surpreendentes ou muito estressantes", disse ele. "Ron está plenamente apoiado por nossos acionistas, por toda a nossa direção e por todos os que trabalham para nossa equipe e nossa empresa", acrescentou.
A McLaren suspendeu em julho o seu projetista Mike Coughlan, depois que um dossiê com informações técnicas da Ferrari foi achado em sua casa, na Inglaterra. E equipe recebeu multa de 100 milhões de dólares, além de perder o título de equipes para a rival italiana, que na última corrida conquistaria também o mundial de pilotos, com Kimi Raikkonen. A Ferrari acusou o seu engenheiro Nigel Stepney de ter enviado o material a Coughlan e o demitiu. Tibis já ouviu o piloto Fernando Alonso, que no ano passado corria pela McLaren, e o piloto de testes da equipe, Pedro de la Rosa, ambos espanhóis. Stepney, a quem a Ferrari também acusa de sabotagem, nega a acusação e se reuniu na semana passada com o promotor na Itália.
Da Reuters
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