O maestro e compositor italiano Ennio Morricone foi condecorado ontem pela presidente chilena, Michelle Bachelet, com a Honra ao Mérito Artístico Cultural Pablo Neruda. "Vim reger minha música, o que sempre faço. Não esperava seu entusiasmo nem o de seu povo", disse Morricone à presidente, após receber a condecoração que já foi concedida, entre outros, ao vocalista da banda irlandesa U2, Bono Vox, e a um dos mais importantes cantores espanhóis, o catalão Joan Manuel Serrat. A cerimônia ocorreu em Santiago no palácio de La Moneda, sede do governo chileno. Morricone, que virá ao Brasil para uma apresentação em São Paulo na próxima segunda-feira (24 de março), encontra-se no Chile junto a 120 músicos da Orquestra Sinfônica de Roma, para uma série de concertos que começou hoje, horas após a premiação.
Bachelet qualificou o maestro como "um músico e criador excepcional, a quem só podemos fazer justiça chamando-o de mestre". "Não tenho palavras para falar da honra que recebi com esta condecoração", agradeceu o músico compositor de trilhas sonoras de sucesso como as dos filmes "Cinema Paradiso" (1989), "Os Intocáveis" (1987) e "A Missão" (1986). "Levarei comigo o dia de hoje por toda a vida, nunca vou esquecê-lo... Deveria ficar aqui muitas horas mais para agradecer, porque sinto que estar presente em frente a vocês quase passa o concerto para um segundo plano", acrescentou Morricone. Segundo o homenageado, a presença do presidente italiano, Giorgio Napolitano, em Santiago evidencia a semelhança cultural de Chile e Itália. O compositor italiano elogiou ainda o "valor moral e político" da presidente chilena, sobre quem disse conhecer "muito", por ter ouvido relatos "breves, talvez, sobre seu valor moral e político e as dificuldades de sua vida, que superou com honra e chegou a ser presidenta de uma nação como o Chile", concluiu.
Com informações da Ansa
Nenhum comentário:
Postar um comentário