sexta-feira, 21 de março de 2008

Papa rebate acusação de Bin Laden


O Papa Bento XVI respondeu ontem aos ataques verbais do terrorista Osama bin Laden. Durante o tradicional ritual de lava pés, na qual ele repete o gesto de Cristo, que lavou os pés dos 12 apóstolos, o pontífice negou que o Vaticano esteja liderando uma nova cruzada contra os muçulmanos. O Papa pediu aos padres de todo o mundo para não terem medo. E para resistirem a insultos e abusos em nome de Cristo. A crítica do Bin Laden foi feita na quarta-feira, véspera do aniversário de 5 anos da invasão norte-americana no Iraque. Ele disse que o Vaticano lidera uma nova cruzada contra os muçulmanos.

Bento XVI iniciou ontem de manhã os ritos da Semana Santa com a tradicional Missa Crismal - na qual são abençoados os óleos santos. Em sua mensagem, ele lamentou a tentação que ronda a humanidade de querer uma liberdade sem limites. "A tentação da humanidade é sempre a de querer ser autônoma, de seguir apenas sua própria vontade e de pensar que só assim seremos livres, que só graças a uma liberdade sem limites o homem será completamente homem", afirmou o líder da Igreja Católica. O pontífice afirmou que "a verdade é que temos que compartilhar nossa liberdade com os demais e que apenas em comunhão com eles se pode ser livre" e acrescentou que "esta liberdade compartilhada só pode ser liberdade caso se inscreva na vontade de Deus." A Missa Crismal é realizada na Quinta-Feira Santa, dia em que a Igreja Católica celebra a instituição do sacramento da ordem sacerdotal por Jesus Cristo durante a Última Ceia.

Por isto, a celebração realizada na basílica de São Pedro serve para que os sacerdotes renovarem os votos sacerdotais (pobreza, castidade e obediência). Sobre os sacerdotes o Papa explicou que têm que "vigiar", ficar de "guarda diante do poder do mal", "manter o mundo despertado para Deus" e "se manterem de pé diante das correntes dos tempos". Além disso, Bento XVI pediu aos sacerdotes a "adequada celebração da Liturgia e dos Sacramentos" e que na "a arte de celebrar uma Missa não haja nada de adulterado".
Da EFE

Nenhum comentário: