Receber "na Igreja um novo crente não significa compartilhar suas idéias e posições, particularmente sobre temas políticos e sociais", disse o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, em referência ao batismo do italiano de origem egípcia Magdi Allam, celebrado pelo papa Bento XVI no sábado de Aleluia. "Magdi Allam tem o direito de expressar suas próprias idéias, que continuam sendo pessoais, sem converter-se de modo algum em expressão oficial da posição do Papa ou da Santa Sé", acrescentou o porta-voz, respondendo a críticas que consideraram o batismo de Allam uma provocação ao Islã. Allam, que é vice-diretor do jornal Corriere della Sera e costuma criticar o radicalismo islâmico, foi batizado no último sábado junto a outras cinco pessoas.
Em declaração divulgada à Rádio Vaticana, Lombardi recordou o significado do batismo e disse que o mesmo "implica reconhecer que (a pessoa) aceitou a fé cristã livre e sinceramente, em seus artigos fundamentais, expressados na profissão de fé" e que "esta é publicamente proclamada por ocasião do batismo". "Naturalmente, cada fiel é livre para conservar as próprias idéias sobre uma vastíssima gama de questões e de problemas sobre os quais existe entre os cristãos um legítimo pluralismo", acrescentou o porta-voz.
Da Ansa
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