terça-feira, 27 de maio de 2008

Crise do lixo: polícia emite 25 mandados de prisão


A justiça italiana decretou nesta terça-feira a prisão domiciliar de 25 pessoas, todas funcionárias do Comissariado para o Lixo, enquanto o prefetto (representante do governo federal) de Nápoles, Alessandro Pansa, é alvo de uma investigação por supostas irregularidades na gestão da crise que afeta a região da Campania, sul da Itália. A procuradoria emitiu a Pansa - que foi comissário extraordinário para a crise do lixo em Nápoles durante seis meses, de agosto a dezembro de 2007 - um mandado judicial de garantia. O representante do governo em Nápoles, que se disse "totalmente sereno", afirmou que a investigação diz respeito a uma medida tomada por ele no dia 18 de dezembro de 2007, no entanto, não deu mais detalhes. Segundo divulgado, Pansa é investigado por ter assinado uma ata que prescrevia que a empresa Fibe - vinculada à empresa Impregilo, há tempos responsável pelo lixo da Campania - deveria continuar após o fim de seu mandato como comissário. A ata, de fato, foi assinada no dia 18 de dezembro enquanto seu mandato vencia alguns dias depois, no dia 31 de dezembro de 2007.

Além disso, entre os que receberam o mandado de prisão domiciliar, emitidos pela procuradoria de Nápoles durante sua investigação sobre a gestão da emergência do lixo, está Marta De Gennaro, responsável pelo setor sanitário do Departamento de Proteção Civil. Segundo foi divulgado, os acusados são investigados por tráfico ilícito de lixo, falsidade ideológica e roubo de dinheiro público. Por outro lado, em Chiaiano, bairro do subúrbio de Nápoles cujos habitantes rejeitaram a possível abertura de um depósito na região, manifestantes retiraram a barricada que haviam levantado para impedir o acesso ao lugar. Desse modo, os técnicos da Agência Nacional de Proteção do Meio Ambiente conseguiram entrar para iniciar os exames do local.

Da Ansa

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