sexta-feira, 2 de maio de 2008

Embaixador colombiano nega tratativa com paramilitares

O embaixador colombiano em Roma, Sabas Pretelt de la Vega, desmentiu nesta sexta-feira a acusação proferida por Gustavo Salazar, advogado dos "gêmeos" Mejía Múnera (Miguel Angel e Victor Manuel, narcotraficantes colombianos e chefes do poderoso grupo dos "Mellizos"). Segundo o advogado, Pretelt de la Veja ofereceu aos narcotraficantes, em 2006, uma série de favorecimentos, como não extraditá-los aos Estados Unidos, caso colaborassem para a reeleição do então candidato à presidência Álvaro Uribe. "O advogado Salazar repetiu a infâmia dita em dezembro de 2006", afirmou o embaixador colombiano na Itália através de uma nota diplomática. "Na época, isso foi categoricamente desmentido por mim, e eu interpretei [o caso] como uma manobra [dos narcotraficantes] para se vingar da atuação do governo, que não concedeu a eles o tratamento de 'desmobilizados' [ou seja, membros das milícias paramilitares que haviam aderido ao processo de paz], mas que, pelo contrário, qualificava os dois como narcotraficantes", explica o embaixador, que na época era ministro do Interior e Justiça.


Segundo o membro do governo de Álvaro Uribe, "a acusação era tão absurda que os próprios líderes paramilitares desmentiram a calúnia, ao dar depoimentos a várias rádios". Pretelt de la Vega lembra, por exemplo, as declarações do porta-voz paramilitar Ernesto Baez, em 19 de dezembro de 2006: "Desmentimos categoricamente a existência deste pacto; o tema da reeleição [de Uribe] nunca foi tratado em uma mesa de discussões", afirmaram os líderes citados pelo embaixador.


Da Ansa

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