O governo italiano presidido por Silvio Berlusconi anunciou ontem a intenção de relançar o projeto de construção de centrais nucleares no país, desatando uma série de polêmicas pouco mais de 20 anos depois de um referendo que bloqueou o desenvolvimento da energia atômica no país. O ministro de Desenvolvimento Econômico, Claudio Scajola, declarou que antes do final da atual legislatura começará a construção no país "de um grupo de centrais nucleares de nova geração". Scajola fez o anúncio em uma assembléia da Confindustria (órgão representativo dos empresários italianos), onde defendeu que "apenas as instalações nucleares permitem produzir energia em larga escala, de maneira segura, a custos competitivos e em respeito ao meio ambiente". Para a nova presidente da Confindustria, Emma Marcegaglia, que também defende a retomara do programa nuclear, a decisão da Itália de abandonar a energia nuclear há duas décadas foi "emotiva e sem fundamento". Em 8 de novembro de 1987, um ano e meio após o desastre nuclear de Chernobyl, um referendo apontou que os italianos não desejavam o desenvolvimento de energia atômica no país. Logo em seguida, o governo fechou as quatro centrais nucleares que então estavam ativas.
Com informações da Ansa
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