Bruxelas, 25 jun (EFE) - A Itália tem a intenção de flexibilizar as condições nas quais os comandantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) podem dispor das tropas italianas desdobradas no Afeganistão para operações militares, confirmaram hoje fontes da Aliança Atlântica.
O secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer, deve viajar amanhã a Roma para uma visita oficial na qual analisará com o novo Governo a oferta, entre outras questões. Scheffer se reunirá com o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi; o titular da Defesa, Ignazio La Russa, e o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Lamberto Dini, e será recebido pelo presidente da República, Giorgio Napolitano. O secretário-geral da Otan também falou recentemente, em Bruxelas, sobre o Afeganistão com o ministro de Exteriores italiano, Franco Frattini. "O Governo italiano deixou claro que tem a intenção de ser mais flexível com relação às restrições e disse publicamente que quer reduzir significativamente o tempo de consultas com a Isaf (Força Internacional de Assistência à Segurança) antes do uso das forças", assegurou hoje um porta-voz da organização.
Embora os detalhes dos pedidos dos italianos ainda não sejam conhecidos, a "intenção geral é reduzir as restrições e isso é algo muito bem-vindo nesta organização", acrescentou a fonte.O gesto constituiria "uma contribuição concreta ao reforço da capacidade do comandante da força" e seria percebido, segundo o porta-voz, como "um sinal político de solidariedade para com os outros aliados, alguns dos quais têm que enfrentar condições militares muito exigentes".
A Otan dirige desde 2003 a Isaf, com mais de 52 mil soldados de 40 países, membros e não membros da Aliança Atlântica. Deles, 2.300 são italianos, situados na província afegã de Herat (oeste). Nas vésperas da viagem de Scheffer a Roma, fontes da organização destacaram a contribuição "muito substancial" da Itália, tanto no âmbito civil quanto no militar, às distintas operações da Aliança.
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