A atriz italiana Sofia Loren lançou ontem um pedido para que seja resolvida a crise do lixo que afeta a região de Nápoles, sul do país, da qual é originária. "Peço-lhes que multipliquem os esforços para pôr fim a esta desgraça", disse a atriz de 73 anos ao jornal italiano La Repubblica. Sofia afirmou que acompanha "com profunda angústia" a "tragédia" do lixo presente em toda a Campania, região cuja capital é Nápoles. Uma crise que vivida "em nossa Nápoles, em meu Puzzuoli, naquelas mesmas ruas de minha cidade natal pelas quais corria quando menina, em uma situação certamente dramática (devido à II Guerra Mundial), mas aberta à esperança", disse. "Hoje me pergunto se temos direito pelo menos à esperança", acrescentou a atriz, que ganhou vários concursos de beleza antes de estrear no cinema, nos anos 1950. "Como pode acontecer tudo isso? Como podem deixar que se ofenda a dignidade, a beleza, a cultura antiga de uma das regiões mais belas do mundo? E a vida de meus concidadãos, dos napolitanos e de todos os campanos, não mereceria maior respeito?", questionou a atriz. No artigo publicado no La Repubblica, intitulado "Salvem do lixo minha casa de infância", Sofia Loren admitiu "não conseguir conter as lágrimas" ao ver "as imagens continuas que aparecem na televisão" sobre a quantidade de lixo que se amontoa nas ruas de Nápoles e sua província. "Ao ver os lugares que conheço, pelos quais passei grande parte de minha infância, aos quais estão unidas minhas lembranças mais queridas, os afetos, a amizades e uma grande nostalgia, não consigo conter as lágrimas", disse Sofia. Ao final da mensagem, a atriz lançou um pedido também a seus conterrâneos para que "colaborem com as autoridades para que adotem rapidamente as soluções mais oportunas". "É um problema nosso, e somos nós mesmos quem deve resolvê-lo, pelo menos, contribuir para resolvê-lo", concluiu. O governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que realizou sua primeira reunião do Conselho de Ministros na cidade de Nápoles, aprovou uma série de medidas - entre as quais a abertura de dez depósitos na região - para enfrentar o problema das toneladas de lixo que se acumulam na Campania.
Ansa
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