Um estudo sobre a indústria musical da Itália revelou que a pirataria atinge cerca de 25% do mercado, gerando prejuízos de mais de 110 milhões de euros para essa indústria. O estudo foi realizado pela Federação da Indústria Musical Italiana (Fimi) e pela Federação contra a Pirataria Musical (FPM), por ocasião de um evento antipirataria em Veneza. Em 2007 as operações de combate à pirataria levaram à prisão de 293 pessoas e apreensão de mais de 1,4 milhão de CDs falsificados. A pirataria digital "cresceu exponencialmente nos últimos anos e constitui hoje a ameaça principal para a indústria musical", segundo o estudo. Especialmente o compartilhamento de arquivos musicais gerou fortes perdas no setor, provocando uma contração do mercado equivalente a 30% e dificultando o estabelecimento de modelos legais de distribuição digital. Para as federações, a distribuição ilegal de música na Itália "constitui um dos maiores freios ao desenvolvimento, sobretudo de artistas emergentes, e hoje multiplicou seu potencial através da pirataria digital". O presidente da Fundação Bienal de Veneza, Paolo Baratta, declarou que a cidade "foi a primeira na história a enfrentar o tema do direito autoral". "Em 1474 foi aprovada em Veneza a primeira lei sobre direito autoral com o fim de atrair a criatividade e a genialidade das inteligências européias", disse Baratta. "Graças a isso, desenvolveu-se em Veneza a mais importante industria de imprensa do mundo. Entre 1470 e 1510 foram impressos, graças à afirmação dos direitos autorais, muito mais livros que em Paris e a indústria da imprensa de Veneza foi a primeira absoluta no mundo, porque soube introduzir pela primeira vez esse conceito da propriedade intelectual", acrescentou.
Ansa
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