domingo, 21 de setembro de 2008

Advogados negam disputa pela herança de Pavarotti

Os advogados de todos os herdeiros de Luciano Pavarotti afirmaram que não houve brigas pela herança do tenor, falecido há um ano. O patrimônio deixado pelo artista é estimado em mais de US$ 9 milhões. Pronunciaram-se sobre o assunto os advogados Giorgio Bernini, que representou os interesses da segunda esposa do artista, Nicoletta Mantovani, e Fabrizio Corsini, representante das filhas do primeiro casamento. Todos participaram onteme em Ancona, leste da Itália, de um Congresso sobre 'trust', um dispositivo testamentário muito usado nos Estados Unidos e que começou a ter adeptos na Itália, onde não existe uma lei específica que o regule. Foi uma guerra "manipulada pela mídia", disse Bernini, que disse estar confiante a respeito da ratificação da justiça ao acordo parcial referente ao patrimônio imobiliário do tenor. Em virtude desse acordo, o apartamento de Monte Carlo (Mônaco) e a mansão em Pesaro (Itália) serão herdados por Lorenza, Cristina e Giuliana, as filhas de Pavarotti com sua primeira esposa, Adua. A residência de Modena iria para Nicoletta, a viúva, em favor de quem existe também o truste norte-americano que engloba os apartamentos de Nova York. "Faça o que quiser, mas faça com que os apartamentos de Nova York possam ser de Nicoletta", disse Pavarotti antes de morrer a seu advogado. O acordo é atualmente analisado pelo juiz tutelar do Tribunal de Modena, devido a presença de uma menor -- Alice, filha de Pavarotti e Nicoletta, que tem 5 anos. "O 'trust' norte-americano é o caso classifico em que uma suposta briga é montada pela mídia: na verdade nunca houve controvérsia", disse Bernini. O 'trust' surgiu por vontade do próprio artista e de uma "exigência norte-americana", disse. Por sua parte, Corsini confirmou que ficaram fora do acordo os direitos do autor e as obras de arte que Pavarotti possuía, pois seria muito difícil realizar essa divisão agora. O 'trust' norte-americano consiste em conferir os bens de uma pessoa falecida a um instituto com um administrador próprio (seja um profissional ou um banco) que destinará os ganhos a uma dada pessoa que pode mudar no decorrer dos anos (por exemplo, a beneficiada poderia ser a viúva de Pavarotti durante um certo período de tempo e posteriormente poderia ser uma de suas filhas).

Ansa

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