segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Grupo de turistas seqüestrado no Egito é libertado


Os 11 turistas europeus e os oito egípcios seqüestrados há 10 dias em uma zona remota do sudoeste do Egito foram libertados, segundo o ministério egípcio da Defesa. Segundo a agência oficial de notícias "Mena", que cita fonte oficiais, os reféns estão em bom estado de saúde e de volta ao Cairo. De acordo com o ministério, metade dos seqüestradores foram "liquidados".O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, confirmou a libertação em entrevista ao canal de televisão Sky TG 24. "Nossos compatriotas estão livres e estão com as forças egípcias", declarou Frattini, que está em Belgrado.

Mais tarde, Frattini disse que não foi pago resgate. Zoheir Garrana, ministro egípcio do Turismo, disse na semana passada que os seqüestradores queriam pagamento de US$ 8,8 milhões (cerca de R$ 15,8 milhões) para libertar as vítimas. O Exército sudanês havia anunciado no domingo que seus soldados haviam matado seis dos supostos seqüestradores de onze turistas europeus e oito egípcios, mas não conseguiram libertar os reféns.Os sequestradores mascarados levaram 19 pessoas - cinco italianos, cinco alemães, um romeno e oito egípcios - quando os turistas faziam um safári no sudoeste do Egito, possivelmente na sexta-feira (19).

Esta foi a primeira vez que turistas estrangeiros são sequestrados no país. O caso representa um novo desafio para o governo, que já está preocupado com a violência no Egito, onde o turismo representa 6% da economia nacional. Militantes islâmicos atingiram o setor turístico nos anos 1990 e no meio dos anos 2000, com bombardeios e tiroteios que mataram centenas de pessoas. Na segunda-feira passada (22), o governo egípcio chegou a anunciar a libertação dos 19 seqüestrados, mas depois recuou e informou que as negociações continuavam. Autoridades egípcias do setor de segurança disseram que os seqüestradores deviam ser do Sudão ou do Chade. Segundo o ministro de Turismo, os seqüestradores eram um grupo de "homens mascarados", muito provavelmente sudaneses, e não havia indício de ligação deles com grupos islâmicos.

France Presse

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