quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Itália sugere mudaça estrutural na ONU por maior representatividade

A Itália defende que chegou o momento de realizar uma reforma nas Nações Unidas, para que haja maior democracia interna e representatividade, segundo informou o ministro das Relações Exteriores do país, Franco Frattini, que está em Nova York para a 63ª Assembléia Geral. Um dos pontos da agenda dos trabalhos da Assembléia se refere a avaliar até que ponto as instituições internacionais têm condições de enfrentar os novos desafios dos últimos anos. Frattini está convencido de que é necessário "um modelo menos rígido e mais flexível", e declarou que a Itália pretende utilizar um "novo método de trabalho" durante sua presidência no G8, que acontecerá no próximo ano. A Itália pretende, entre outras coisas, convidar novos países como o Egito, para participar de algum modo dos trabalhos do G8. Ao lado de uma nova forma de governar politicamente, é necessário que haja um novo modelo econômico de governo. "Estamos preocupados com aqueles que não fazem sua parte como deveriam", declarou Frattini, revelando ainda sua preocupação com as "grandes especulações". Em entrevista coletiva, o ministro das Relações Exteriores comentou também a questão do dossiê nuclear iraniano. Para Frattini, é preciso dar "uma resposta convincente", mas para uma aproximação da comunidade internacional é necessária a forte colaboração da Rússia e da China. "Caso contrário, as sanções não se imporão nunca", comentou Frattini sobre o debate na ONU a respeito das novas restrições ao Teerã. O chanceler explicou que, depois de ter discutido o assunto longamente, seria oportuno "finalmente decidir quais sanções impor" ao Irã. Frattini observou também que, enquanto a comunidade internacional discute, o Irã "continua trabalhando a toda velocidade", e definiu como "muito preocupante" o último relatório da Agência Internacional de Energia Atômica, que pedia ao Irã informações mais precisas sobre seu programa nuclear.

Ansa

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