sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Principal sindicato italiano aprova plano para salvar a Alitalia

ROMA - A Confederação Geral Italiana de Trabalhadores (CGIL), principal central sindical do país, aprovou hoje o plano para salvar a Alitalia apresentado pela Companhia Aérea Italiana (CAI).
Agora, para que o plano entre em ação, falta somente o consenso de pilotos e assistentes de vôo, que deverão tomar uma decisão definitiva até hoje, ao meio-dia (7h, em Brasília).
A decisão da CGIL foi tomada após três dias de intensas mediações entre o governo, os sindicatos e os representantes da CAI, grupo investidor composto por 18 empresários italianos. Na semana passada, o grupo havia retirado a proposta para salvar a Alitalia, após o fracasso dos acordos com sindicatos italianos.
O secretário da CGIL, Guglielmo Epifani, anunciou a decisão em uma entrevista coletiva, enquanto fontes qualificadas asseguraram que a decisão sindical aconteceu depois que o grupo CAI fez concessões em relação a salários e empregos.
Epifani acrescentou que agora espera que haja "um gesto de responsabilidade da parte dos pilotos e assistentes de vôo", que devem compreender que "um sacrifício agora pode ser compensado mais adiante".
Gianni Letta, subsecretário à presidência do governo e braço direito do premier Silvio Berlusconi, convocou hoje os dirigentes da CAI e os responsáveis dos sindicatos que ainda não aceitaram o chamado "plano Fênix", para uma última negociação sobre a proposta.
Por sua vez, Fabio Berti, presidente da Associação Nacional de Pilotos de Companhias Aéreas Comerciais (ANPAC) da Itália, afirmou que as negociações sobre o plano da CAI será realizada amanhã às 13h (8h, em Brasília).
"Continuamos trabalhando, não chegamos a nenhum resultado", afirmou Berti à imprensa na saída do Palazzo Chigi, sede do governo italiano.
"Letta está coordenando tudo, e propôs para as 13h de amanhã o limite para eventualmente aderirmos ao acordo, o que para nós é um sinal muito importante", apontou o responsável sindical dos pilotos.
Berti, representante do único sindicato que ainda não aceitou a proposta da CAI, sublinhou que "esta é uma fase extremamente delicada".
"Estamos discutindo pontos sempre estiveram sobre a mesa de negociações, e é importante conduzir o diálogo com o máximo de atenção", destacou.
Enquanto em Roma o "Plano Fênix" dá sinais de que será finalmente realizado, de Paris fontes confirmam que o grupo Air France-KLM está interessado em participar da sociedade com uma participação entre 10% em 20% do capital da Nova Alitalia.

ANSA

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