A tensão na Itália aumenta entre estudantes e o governo, que pode aprovar ainda nesta terça-feira, 28, o decreto 137, que impõe diversas mudanças ao sistema de educação italiano. Passeatas e protestos estudantis estão sendo realizados em todo o país e, em frente ao Senado, cresce o número de manifestantes.
O decreto 137, que propõe diversas mudanças no ensino italiano (como a contratação de apenas um professor por sala para estudantes até a 5ª série e a redução do tempo que os alunos passam na escola), é acusado pelos estudantes de apenas visar ao corte de gastos em detrimento da qualidade do ensino.
As reitorias das universidades das principais cidades italianas estão ocupadas por estudantes, que realizam diversas formas de protesto. Em Florença, cerca de 1500 universitários concluíram esta manhã uma maratona de protestos - 24 horas de aulas sem parar - organizada pela Faculdade de Matemática.
Em Turim, os estudantes planejam uma passeata que deve passar pelos prédios ocupados da universidade até o edifício da União das Indústrias, onde a ministra da Educação, Mariastella Gelmini, iria participar de um encontro hoje. A ministra já cancelou sua participação.
As manifestações estudantis estão sendo realizadas de maneiras diferentes nas várias regiões do país. Bancos e lousas foram colocados nas ruas em Nápoles, onde os estudantes realizam manifestações e passeatas espontâneas pela cidade.
Em Salerno, estudantes de um liceu local decidiram continuar as aulas, mas se manifestaram sobre o decreto do governo vestindo uma faixa no braço com a frase "estudo, mas protesto".
Em Roma, onde é grande a tensão entre manifestantes e governo, sete passeatas passaram pela cidade esta manhã.
JB Online/Portal Itália
>Leggi il testo del decreto 137
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