ROMA - O político italiano Walter Veltroni, do Partido Democrático (PD), líder da oposição ao governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, promoverá um plebiscito sobre o plano de reforma na Educação, aprovado hoje pelo Senado.
A medida de reforma educacional, proposta pela ministra da Educação italiana, Mariastella Gelmini, prevê mudanças como a adoção de um único professor por classe, da nota de comportamento e o uso de um mesmo livro didático para cinco anos letivos.
Durante as últimas semanas, estudantes e políticos da oposição realizaram uma série de manifestações contra sua aprovação.
A medida de reforma educacional, proposta pela ministra da Educação italiana, Mariastella Gelmini, prevê mudanças como a adoção de um único professor por classe, da nota de comportamento e o uso de um mesmo livro didático para cinco anos letivos.
Durante as últimas semanas, estudantes e políticos da oposição realizaram uma série de manifestações contra sua aprovação.
Veltroni (foto) acusou o governo italiano de ter "ignorado um movimento civil que deve ser respeitado em sua autonomia". O líder da oposição afirma que "o governo não quis ouvir nenhum dos que pediam a rejeição do decreto, e recusou o debate com o mundo da escola, a maioria do qual é crítica ao decreto".
Sobre a consulta popular, Veltroni admite que este recurso deve ser usado "com parcimônia", mas reforça que "a escola e a universidade são temas importantíssimos e as medidas propostas pelo governo deixarão efeitos sérios sobre o sistema educacional".
Sobre a consulta popular, Veltroni admite que este recurso deve ser usado "com parcimônia", mas reforça que "a escola e a universidade são temas importantíssimos e as medidas propostas pelo governo deixarão efeitos sérios sobre o sistema educacional".
Para que seja realizado, porém, o plebiscito deverá enfrentar problemas legais, uma vez que a lei italiana não prevê a realização desse tipo de iniciativa para discutir temas que tenham relação com o orçamento do governo.
"Estamos estudando com atenção estes quesitos, para que a consulta abranja a maior parte do texto, sem esbarrar nas proibições legais", explicou Veltroni.
Em resposta, o ministro da Defesa Ignazio La Russa (foto), afirmou que, caso a consulta seja mesmo realizada, "será constatado que 70% dos italianos são favoráveis ao decreto".
"Acredito que com um pouco de esforço conseguirão as assinaturas necessárias e talvez eu também assine. Depois da desinformação, das manifestações em praça pública e da agitação dos ânimos, finalmente será o tempo de explicar a verdadeira natureza do decreto", explicou La Russa.
Enquanto Veltroni planeja o plebiscito, estudantes ligados aos setores da extrema direita e da esquerda entraram em confronto em Roma e Milão. A polícia interveio e formou um bloqueio para dividir os dois grupos.
Hoje (ontem), os sindicatos italianos manifestaram apoio aos estudantes e ao PD e criticaram o decreto do Ministério da Educação. "Damos, portanto, o nosso sustento à luta do movimento estudantil, e respeitamos sua autonomia e independência. Pedimos o apoio para a nossa batalha, pois queremos juntos viver em um país mais justo", disse o secretário-geral do sindicato Funzione Pubblica-CGIL, Carlo Podda. (ANSA)
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