Roma, 20 dez (EFE) - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, encerra o ano com a convicção de que o país precisa voltar à energia nuclear para resolver o problema energético que, segundo ele, aguarda a nação no futuro. "É preciso voltar à energia nuclear", afirmou Berlusconi na entrevista coletiva concedida hoje em Roma para fazer um balanço do ano de 2008, no qual voltou a ocupar a Chefia do Governo italiano."Iniciamos intensas relações com a França e Reino Unido, que estão dispostos a compartilhar conosco seus conhecimentos" sobre a energia nuclear, acrescentou o primeiro-ministro.Berlusconi se mostrou disposto a investir em novos projetos nucleares no estrangeiro, nos países vizinhos, mas também na Itália. Segundo o primeiro-ministro, a Itália paga 35% mais de energia que os demais países europeus devido às decisões tomadas pelos partidos de esquerda do país."Tínhamos preparadas duas usinas nucleares para a produção da energia elétrica e a esquerda ambientalista e os verdes nos proibiram de fazer isso", afirmou. O primeiro-ministro assegurou que está trabalhando para que ocorra um encontro entre a nova Administração dos Estados Unidos, que será presidida por Barack Obama, e a Rússia do presidente Dmitri Medvedev."Começamos a trabalhar graças à antiga verdadeira amizade que existe com as autoridades da Federação Russa e com a nova Administração americana para falar sobre um possível encontro", disse Berlusconi, que presidirá o Grupo dos Oito (G8, que reúne as sete nações mais ricas e a Rússia) a partir de 1º de janeiro de 2009.Precisamente nesse período de Presidência do G8, para o qual a Itália organiza várias cúpulas internacionais, Berlusconi pretende centrar a atenção para as ajudas aos povos mais pobres do mundo."Dentro de 20 anos a população mundial aumentará em dois bilhões e serão pessoas que nascerão nos países excluídos do bem-estar", afirmou o político, que destacou que isso gerará uma pressão migratória sobre os países ricos à qual terão que prestar atenção.Berlusconi espera achar um substituto à altura entre a nova classe política, mas diz que, até agora, não encontrou o candidato ideal para sucedê-lo à frente da Chefia do Executivo italiano."Eu em política não me divirto, mas o senso de responsabilidade que prevalece e deve prevalecer neste momento faz-me continuar sendo indispensável, como é possível ver nas pesquisas", acrescentou o primeiro-ministro.
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