Roma, 29 dez 2008 (AFP) - A Itália anunciou nesta segunda-feira o uso de vôos especiais para a repatriação de imigrantes, presos na ilha de Lampedusa após uma onda de desembarques que gerou tensões com a Líbia, de onde saíram. "Vamos organizar vôos para repatriar os clandestinos diretamente de Lampedusa. Os primeiros vôos devem sair em um ou dois dias", anunciou o ministro do Interior, Roberto Maroni. "A emergência deve ser respondida com emergência. Vamos criar um centro especial em Lampedusa para a identificação e a deportação" do imigrante, acrescentou o ministro, em entrevista a uma rádio local.Mais de 2.000 pessoas foram interceptadas entre sexta-feira e domingo em frenta á costa italiana, enquanto uma embarcação com cerca de 140 imigrantes, entre eles 10 mulheres grávidas, foi resgatada nesta segunda-pela marinha de Malta, após ter permanecido durante horas à deriva.A maioria dos imigrantes ilegais tenta chegar de bote à ilha siciliana, localizada a 200 quilômetros da Líbia, uma das portas de entrada preferidas pelos imigrantes ilegais. O centro criado para abrigar os clandestinos em Lampedusa, que tem capacidade para 850 pessoas, já conta com 1.100 imigrantes, gerando preocupação na pequena localidade. O desembarque de imigrantes ilegais na Itália aumentou sensivelmente em 2008, passando de 14.200 entre janeiro e setembro de 2007 para 24.241 durante o mesmo período deste ano, segundo dados oficiais.
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