O Brasil recebeu nesta segunda-feira, durante o primeiro dia da 2ª Cúpula União Européia-Brasil e da paralela Cúpula Brasil-França, no Rio de Janeiro, um forte e representativo respaldo a sua aspiração de ganhar um assento fixo no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O apoio partiu do presidente da França, Nicolas Sarkozy, que também exerce a presidência de turno da União Européia, para quem é preciso que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participe da administração mundial e o Brasil seja incluído como membro permanente do Conselho de Segurança. A reforma do Conselho é um velho sonho brasileiro, mas conta com a rejeição tanto de países vizinhos, como a Argentina, como de alguns europeus, como Espanha e Itália. "Eu sou sincero quando digo que precisamos do presidente Lula como membro permanente do Conselho de Segurança e para preservar o equilíbrio ambiental do planeta", disse Sarkozy durante seu discurso. A diplomacia brasileira trabalha para incluir, na declaração final da cúpula, ao menos uma menção sobre "a necessidade de ampliar" o Conselho. A cúpula, que também contou hoje com a participação do presidente da Comissão Européia, braço executivo da UE, o português José Manuel Durão Barroso, segue amanhã, quando também devem ser discutidos temas como o protecionismo comercial e a revisão do papel do Fundo Monetário Internacional (FMI). Também hoje, durante encontro entre autoridades de Brasil e França, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou um acordo com o país europeu para a construção de um submarino nuclear, que prevê também a transferência de tecnologia. Temas da área de Defesa devem dominar a agenda da reunião bilateral de Lula e Sarkozy marcada para esta terça-feira. A reativação da indústria bélica com a contribuição da tecnologia francesa é uma das metas do Plano Estratégico de Defesa Nacional, apresentado na semana passada pelo governo. "Um país que acaba de descobrir reservas imensas de petróleo em águas profundas, que tem a Amazônia para defender, precisa montar uma estratégia de defesa, pensando em se defender mesmo. Em garantir o seu patrimônio, em garantir a tranqüilidade da sociedade brasileira", disse Lula.
Ansa
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