A reunião entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o embaixador da Itália no Brasil, Michele Valensise, para discutir o caso Cesare Battisti durou pouco mais de 20 minutos, mas ao final nenhum dos dois falou com a imprensa. Valensise driblou os jornalistas ao deixar o gabinete da Presidência do STF, saindo por um elevador privativo, enquanto Mendes avisou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não daria entrevistas. O embaixador da Itália solicitou audiência com Mendes para manifestar a posição do governo da Itália sobre a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, que no último dia 13 concedeu refúgio ao ex-ativista de estrema esquerda italiano Cesare Battisti. Ele está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, desde março de 2007. A notícia de que o Brasil concederá refúgio a Battisti não foi bem recebida pelo governo italiano, que na semana passada pediu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "reconsidere" a decisão.
No sábado (17), após o governo brasileiro manter a posição tomada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, que concedeu o refúgio político ao ex-ativista, o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, enviou carta a Lula, na qual expressou sua "profunda surpresa" com a decisão do Brasil de conceder refúgio a Cesare Battisti. Após a recusa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em rever a decisão do ministro da Justiça, a Itália aposta suas fichas em reverter o refúgio concedido a Battisti no STF, embora o governo brasileiro já tenha proferido uma decisão que é soberana e garante o refúgio. O Supremo aguarda um parecer da Procuradoria-Geral da República sobre o assunto, para então analisar um pedido de revogação da prisão preventiva da Battisti e, ainda, decidir se suspende ou não o processo que corre na Corte em que a Itália pede a extradição do italiano. Battisti era tido como um dos chefes da organização de extrema esquerda ''Proletários Armados pelo Comunismo'' e foi condenado à prisão perpétua em seu país, em 1993, por envolvimento em quatro assassinatos cometidos entre 1978 e 1979. Ele sempre negou os crimes.
No sábado (17), após o governo brasileiro manter a posição tomada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, que concedeu o refúgio político ao ex-ativista, o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, enviou carta a Lula, na qual expressou sua "profunda surpresa" com a decisão do Brasil de conceder refúgio a Cesare Battisti. Após a recusa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em rever a decisão do ministro da Justiça, a Itália aposta suas fichas em reverter o refúgio concedido a Battisti no STF, embora o governo brasileiro já tenha proferido uma decisão que é soberana e garante o refúgio. O Supremo aguarda um parecer da Procuradoria-Geral da República sobre o assunto, para então analisar um pedido de revogação da prisão preventiva da Battisti e, ainda, decidir se suspende ou não o processo que corre na Corte em que a Itália pede a extradição do italiano. Battisti era tido como um dos chefes da organização de extrema esquerda ''Proletários Armados pelo Comunismo'' e foi condenado à prisão perpétua em seu país, em 1993, por envolvimento em quatro assassinatos cometidos entre 1978 e 1979. Ele sempre negou os crimes.
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