Em visita à Tunísia, o ministro do Interior italiano, Roberto Maroni, se reuniu com seu colega tunisiano, Rafik Belhaj Kacem, para a assinatura de um acordo que prevê a repatriação de todos os tunisianos detidos nos centros de imigração da ilha de Lampedusa (ao sul da Itália) em um prazo máximo de dois meses. Maroni, acompanhado pelo chefe da polícia, Antonio Maganelli, e por uma delegação dos altos funcionários do Conselho de Ministros italiano, debateu na última terça-feira com o ministro Kacem um acordo de cooperação bilateral em matéria de imigração entre Itália e Tunísia. De acordo com informações do Conselho de Ministros da Itália, o encontro de Maroni e Kacem, permitiu a assinatura de acordos que preveem uma série de medidas, como a intensificação da luta pelo respeito aos Direitos Humanos e contra toda forma de organização criminosa que promove a imigração clandestina. Itália e Tunísia também se comprometeram em definir um plano de simplificação e aceleração dos procedimentos necessários para a identificação dos imigrantes tunisianos presentes nos Centros de Identificação e Expulsão (CIE) italianos. Por outro lado, o governo do premier Silvio Berlusconi se propôs a promover a repatriação gradual e constante daqueles que já foram identificados e que se encontram atualmente nas estruturas de Lampedusa. Os ministros do Interior dos dois países também concordaram em ativar um projeto que, por meio do uso de fundos europeus e do suporte de organizações internacionais, incentive formas de repatriação assistida. A ilha de Lampedusa enfrenta um grave problema de imigração ilegal, pois é a principal porta de entrada da Europa para imigrantes ilegais vindos dos países da África. O Centro de Primeira Recepção (CPR) de Lampedusa está superlotado, fenômeno que se intensificou quando Maroni proibiu a transferência de imigrantes da ilha para outros centros do país. A situação gerou protestos dos habitantes e autoridades locais no último fim de semana. As manifestações se opunham também à decisão do governo de abrir um CIE no local. Na última terça-feira, a organização Save the Children divulgou um relatório denunciando as condições precárias dos menores de 18 anos do CPR de Lampedusa. O documento alertava para a falta a falta de camas, as péssimas condições de higiene e a falta de itens de necessidade básica para os imigrantes detidos.
Da Ansa
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