Bruxelas, 26 jan, Ansa - O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, anunciou que a Itália "está pronta para colaborar" com a nova administração dos Estados Unidos, que anunciou na última semana o fechamento da prisão norte-americana em Guantánamo, Cuba. Em declarações à ANSA, Frattini confirmou ter "apreciado muito a decisão" do novo presidente norte-americano, Barack Obama, pois em Guantánamo há "detidos acusados de terrorismo, mas há outros que não são prisioneiros", como é o caso "no centro de proteção e custódia de refugiados, onde estão dissidentes cubanos", por exemplo. O ministro italiano, que está em Bruxelas para uma reunião com os chanceleres da União Europeia nesta segunda-feira, explicou que o encontro deve discutir os meios de ajudar os Estados Unidos no fechamento de Guantánamo e as "regras" para receber os detentos da prisão norte-americana. Por outro lado, o chanceler da República Tcheca, país que exerce a presidência de turno da UE, Karel Schwarzenberg, considerou que a recepção de prisioneiros de Guantánamo, atualmente cerca de 250, "não é tão simples" e corresponde "a cada país em particular". "Devemos primeiro ver quais serão os pedidos dos Estados Unidos e depois decidir", disse o chanceler antes do encontro. David Miliband, ministro das Relações Exteriores britânico, afirmou, por sua parte, que Londres "já deu a sua contribuição" e esclareceu que sua presença na reunião tem como princípio "compartilhar com os outros colegas a nossa experiência". Barack Obama ordenou o fechamento da prisão no último dia 22, segundo dia de seu mandato, proibindo também as torturas no local. Logo depois, a França elaborou um plano de cinco pontos ratificando a intenção de colaborar, mas deixando a decisão de participar ou não a critério de cada país.
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