O prefeito e o pároco da ilha siciliana de Lampedusa, Bernardino De Rubeis e Dom Stefano Nastasi, respectivamente, pediram a intervenção do papa Bento XVI diante dos últimos acontecimentos relacionados ao Centro de Primeira Acolhida local, onde existem atualmente cerca de 1.800 imigrantes irregulares. Nastasi e De Rubeis defendem que a intervenção do Pontífice é "indispensável agora que a situação tem assumido características de uma crise humanitária". O padre, por sua vez, também solicitou auxílio à Conferência Episcopal Italiana (CEI) e pediu para Bento XVI "fazer um discurso de conforto aos imigrantes e à população de Lampedusa". "Primeiro, éramos uma ilha. Agora estamos só isolados. Lampedusa foi militarizada, mas não é somente com as forças de ordem que se resolve esta crise", disse o prefeito da ilha. Nesse último sábado, cerca de 1.300 imigrantes irregulares que estavam no Centro de Primeira Acolhida de Lampedusa conseguiram fugir do local e fizeram uma passeata em direção à Prefeitura da ilha pedindo "ajuda" e "liberdade". Os imigrantes retornaram ao Centro algumas horas depois sem que houvesse nenhum incidente de violência. No dia anterior, cerca de quatro mil moradores da ilha - que possui seis mil habitantes - realizaram uma manifestação com o apoio do prefeito local contra a criação de um novo centro para abrigar imigrantes ilegais, proposta pelo ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni. Segundo dados do Ministério do Interior italiano, somente no ano passado cerca de 36.900 imigrantes irregulares desembarcaram nas costas do país, o que representa um aumento de 75% em relação ao ano anterior, dos quais aproximadamente 31 mil somente em Lampedusa.
Ansa
Ansa
Nenhum comentário:
Postar um comentário