Lampedusa, 23 jan. Ansa - Uma manifestação foi programada para a manhã desta sexta-feira na ilha siciliana de Lampedusa para criticar o projeto do ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni, de instalar um novo centro de detenção e repatriação de imigrantes ilegais no local. O Conselho Comunal da Sicília definiu por unanimidade as 10h locais para o início do protesto na Piazza del Municipio, de onde partirá o cortejo até o atual centro de acolhimento da ilha. Uma delegação de parlamentares do Partido Democrata (PD, de centro-esquerda), coordenada pelo vice-secretário do partido, Dario Franceschini, deverá chegar ao local do protesto no fim da manhã. Ontem, os setes representantes do PD no Conselho Comunal enviaram uma nota aos parlamentares da região pedindo ajuda para evitar a instalação do novo centro. O prefeito de Lampedusa, Bernardino de Rubeis, afirmou que "os habitantes da ilha não são racistas e não querem que a ilha possua uma estrutura criada para tornar-se uma prisão, uma vez que a política de repatriação não é praticável por milhares de razões". A vice-prefeita adjunta de Lampedusa, Angela Maraventano, no entanto, não participará da manifestação. Segundo ela, "o projeto de Maroni é o único possível. Os cidadãos não compreendem como as coisas estão". Lampedusa é alvo há anos de imigrantes sem documentação procedentes principalmente da África. Atualmente há 1.800 pessoas no centro de imigrantes da ilha, que tem capacidade máxima para 800. Para controlar a superlotação e a imigração ilegal, Maroni propôs no início do mês a criação de um novo estabelecimento, além de anunciar que os imigrantes deverão permanecer neste local até sua repatriação.
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