O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, disse nesta sexta-feira que os Estados Unidos são favoráveis à estratégia do país para o Afeganistão e o Paquistão, que inclui o envolvimento do Irã em um processo de estabilização regional. O chanceler se reuniu com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. Após o encontro, ele concedeu uma entrevista em que explicou que a Casa Branca pediu à Itália que discuta o assunto com Teerã, ainda que mantenha restrições ao desenvolvimento do programa nuclear iraniano. Frattini revelou que viajará ao Irã "em breve, até o fim de março", para avaliar a possibilidade de que o país participe como convidado do próximo encontro do G8, que ocorrerá no mês de junho em Trieste, na Itália. Este seria o primeiro passo para que o país se torne um futuro mediador. Na segunda-feira, o chanceler italiano participará da conferência que discutirá a reconstrução da Faixa de Gaza, ocasião em que se encontrará com os chanceleres dos países do Golfo, do Egito e da Turquia. Ele adiantou que explicará aos diplomatas presentes a estratégia italiana para Afeganistão e Paquistão, mas ressaltará que os sinais de aproximação com o Irã não significam "uma carta branca à bomba atômica". "Espero não ter objeções dos árabes moderados", afirmou ele. O chanceler considera fundamental que o Irã "seja visto como um interlocutor positivo, e não temido". Frattini também criticou o movimento palestino Hamas, que segundo ele "fala em conciliação, mas não aceita as condições do Quarteto de Madri para o Oriente Médio", grupo formado por Estados Unidos, Rússia, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia (UE).
Da Ansa
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