quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Itália quer cúpula com organizações regionais para discutir reformas

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, afirmou nesta quarta-feira que seu país, como presidente de turno do G8 (grupo dos sete países mais ricos e a Rússia), pretende convocar uma cúpula com a participação de organizações regionais do mundo todo para contribuir com as discussões de novas regras para uma reforma do sistema político-econômico mundial. Segundo o chanceler, a cúpula se insere no espírito de inclusão e co-responsabilidade, com os quais a Itália pretende conduzir sua presidência do turno do G8 em colaboração com a Organização das Nações Unidas (ONU). O ministro explicou que a Itália possui como objetivo principal aproximar as instituições globais dos cidadãos, concentrando-se nos problemas reais e enfrentando de maneira concreta as novas "crises" criadas pela globalização, a começar pelas econômicas e ambientais.

De acordo com Frattini, a crise econômica mundial, as mudanças climáticas, a luta contra o terrorismo, o desenvolvimento da África e as questões de segurança, serão as prioridades da Itália à frente do G8. Para solucionar os problemas financeiros, o chanceler acredita em um acordo com o G20 (grupo de países em desenvolvimento, do qual o Brasil faz parte), com o qual, segundo ele, deve-se colaborar, e não "competir". Ao comentar as mudanças climáticas, Frattini defendeu que os grandes países poluidores, como Estados Unidos, China e Índia, deveriam seguir o caminho traçado pela União Europeia com a adoção do pacote sobre a energia e o clima, que promove a redução da emissão de gases que causam o efeito estufa, o aumento das quotas de energias renováveis e a eficiência energética. Definindo o terrorismo e a proliferação de armas nucleares como "uma ameaça existencial às democracias", o chanceler disse ser necessário mobilizar o esforço de todos e responsabilizar um número maior de países.

O ministro também reforçou que a Itália pretende estabelecer acordos mais "estruturados" entre os membros do G8 e países fundamentais para a economia mundial, como Brasil, China, Índia, África do Sul, Egito e México, além de ressaltar o papel decisivo que a União Africana e a Liga Árabe podem ter para solucionar as situações de crises regionais.

Da Ansa

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