Dois dos personagens centrais da condenação de Cesare Battisti em Milão, na Itália, reafirmaram ao Grupo Estado que, mais de 25 anos depois, não têm razões para questionar a autonomia da Justiça nos anos de chumbo. Armando Spataro, procurador da República no caso Battisti em 1981 e coordenador do Departamento contra o Terrorismo da procuradoria em Milão, repudia toda alusão à suposta falta de independência do Judiciário italiano nos anos 70. "Esta conclusão é uma comédia ofensiva e abusiva", repudia. Pietro Forno, juiz de instrução do primeiro processo de Battisti em Milão, também ressaltou a liberdade de ação de que o Judiciário desfrutava em relação aos demais poderes, mesmo em meio à turbulência política e social do país. "Nunca me senti pressionado a chegar a qualquer resultado. Em todo o processo houve um respeito absoluto à lei."
O Estado de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário