A indústria cinematográfica italiana, outrora criticada por não abrir espaço às jovens gerações e confiar o grosso de sua produção a diretores e atores veteranos, colocou em 2008 em mãos de debutantes a metade dos 123 filmes produzidos. Esta tendência remonta há três anos (em 2007 as obras-primas foram 43 sobre 90, e em 2006, 57 sobre 90), que permitiu uma mudança geracional em um curto espaço de tempo.Riccardo Tozzi, que preside a associação dos produtores, fala de "revitalização do cinema italiano" e do "fim da depressão dos anos 80 e 90 do século passado". Em uma determinada época, estrear no cinema na Itália era quase uma quimera. Hoje, ao contrário, Silvio Muccino, irmão caçula do mais famoso Gabriele, vencedor em Hollywood, arrecada € 7,5 milhões com o seu "Parlami d'amore", escrito e interpretado também por ele; enquanto o estreante Gianni Di Gregorio consegue € 2 milhões rodando em sua própria casa uma história autobiográfica no filme "surpresa" de 2008, "Pranzo d'agosto".
O mesmo fez Stefano Tummolini que para a sua estréia com "Un altro pianeta", convidado em Veneza e no Sundance de Robert Redford, filmou uma semana em cenários naturais para economizar dinheiro também no vestuário.
Nem todas estas obras-primas chegam às salas de cinema e arrecadam milhões. "Muitos rodam com orçamentos irrisórios e sem nenhum equipamento e poucos atores amigos, e entram em circuitos misteriosos ou aparecem vencendo festivais", declarou Tozzi.
Ansa













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