A Câmara dos Deputados da Itália aprovou ontem a por unanimidade uma moção que defende iniciativas para o respeito aos direitos humanos e às liberdades democráticas no Tibete. O texto foi aprovado no dia do 50º aniversário da revolta de Lhasa (capital da Região Autônoma do Tibete), liderada por monges budistas contra a ocupação chinesa, que resultou na fuga ao exílio na Índia do líder espiritual Dalai Lama. O documento pede para o governo italiano "reiterar" à China as solicitações do Parlamento Europeu para a abertura permanente do Tibete à mídia, aos diplomatas - em particular aos representantes da União Européia - e aos turistas. Além disso, o texto recomenda às autoridades chinesas aceitar os pedidos de visitas por parte de organismos da ONU, a fim de monitorar a situação dos direitos humanos na região.O governo italiano deve "reforçar a posição comum" européia a favor de um "diálogo constante, aberto, verdadeiro e construtivo" entre as autoridades da China e do Tibete para encontrar uma "solução satisfatória para a questão tibetana", afirma o documento. Segundo o texto, essa solução deve assegurar autonomia ao Tibete para preservar sua cultura, tradições e religião, mas dentro dos limites da Constituição chinesa e do respeito à integridade territorial do país.
A Região Autônoma do Tibete está fechada a todos os observadores internacionais e aos jornalistas estrangeiros desde as manifestações anti-China ocorridas entre março e maio do ano passado e fortemente reprimidas pelo governo de Pequim. Na ocasião, a Anistia Internacional afirmou que "o fechamento total do Tibete faz com que as violações dos direitos humanos, como as prisões arbitrárias e os maus-tratos, prossigam em silêncio e na mais completa impunidade"
Da Ansa













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