Salvação
Segundo Hughes, pensar sobre essas perdas podem valorizar mais coisas que ainda estão aí, mas correm risco. “Algumas das atrações que incluí no livro já passaram a receber uma atenção especial e podem deixar de correr risco. É o caso do refúgio de águias carecas de Oregon, que vai ser protegido pelo governo. Houve uma maior proteção do parque de Everglades, na Flórida. Não digo que o livro tenha trazido essas mudanças, mas acho que ele pode ajudar nesse tipo de ação.” Um outro motivo para publicar um guia de viagens como este, diz, é que o turismo pode ajudar a salvar alguns desses lugares. Quando recebem visitantes, que gastam dinheiro no local, autoridades percebem que o lugar pode ser rentável. “Isso pode ser percebido na Amazônia, pois pequenos hotéis se transformam em fonte de renda, e passa a ser preciso preservar o ambiente para manter a demanda.” Para a edição Hughes fez uma longa pesquisa e contou com a ajuda de todos os autores de guias do grupo, que cobre todo o planeta. De todos, ela recebeu sugestões de lugares que mereciam atenção especial pelo risco que corriam. A pedido do G1, Hughes indicou os dez lugares que ela acha que mais merecem atenção entre os que aparecem no livro. Há atrações nos EUA, como o parque de Everglades, e também em Egito, Peru, Equador, Tanzânia, Indonésia, Tailândia, Inglaterra, México e Itália.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Livro indica lugares para visitar antes que eles desapareçam
Atenção, viajantes, última oportunidade para fazer turismo e conhecer lugares que estão perto de deixar de existir. De olho na mudança constante do mundo provocada tanto por questões climáticas quanto por guerras ou pela pura ação do tempo, o guia Frommer’s publicou no fim do ano passado um livro com 500 atrações que arriscam desaparecer. “Escolhi lugares que estão em perigo por vários motivos. Não são apenas paisagens naturais ou que estejam em risco por causa de mudanças no clima. Inclui até coisas como o ônibus de dois andares de Londres, que se tornou obsoleto e poderia ser retirado das ruas, mas que é uma atração marcante da cidade”, explicou, em entrevista ao G1, a autora do “500 places to see before they disappear” (500 lugares para ver antes que desapareçam), Holly Hughes. “Queria que as pessoas percebessem que vivemos em um mundo com um ritmo acelerado de mudança por variados motivos”, disse, explicando que incluiu lugares que foram destruídos pela guerra. “Há lugares no Iraque, por exemplo, que são importantes, merecem visitas, mas que correm risco de desaparecer. Não recomendaria que ninguém fosse lá agora, mas é algo que é preciso levar em consideração. Precisamos pensar nessas conseqüências da guerra.” Entre os motivos para fazer o guia, uma das coisas mais tristes, segundo ela, foi a questão dos Budas gigantes de Bamiyán, no Afeganistão, que foram destruídos pelos talibãs, e já não existem mais, “e eram insubstituíveis”.
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