O Senado italiano aprovou nesta quinta-feira, com 150 votos a favor, 123 contra e 3 abstenções, o projeto de lei sobre o testamento biológico, que agora precisa do aval da Câmara dos Deputados. No dia 24, a Casa rejeitou emendas ao projeto propostas pela oposição, que queria introduzir a possibilidade do cidadão pedir antecipadamente a interrupção de sua alimentação e hidratação, no caso de algum dia ficar em estado vegetativo. No mês passado, a morte da italiana Eluana Englaro, que ficou 17 anos em coma e teve a alimentação e hidratação interrompidas, causou polêmica na Itália entre os principais líderes políticos. O governo do premier Silvio Berlusconi tentou de todas as maneiras evitar a morte de Eluana, que tinha sido garantida por uma decisão judicial. Antes da votação , o presidente do Senado, Renato Schifani, parabenizou os congressistas pelo exercício da "liberdade" feito durante os debates que antecederam a votação da Casa. Schifani exaltou "a franqueza e a coragem para tratar de temas que dependem, como deve ser , da consciência individual". O senador lembrou também que "houve momentos delicados, que geraram emoções e participação, mas o confronto (de ideias) foi o mais amplo e livre possível". Antes mesmo da aprovação do documento, Schifani mandou um recado à Câmara dos Deputados. Ele disse aos deputados que se trata de "um texto que, sem dúvida, poderá ser alvo de debate e confronto, mas com a consciência de que o trabalho feito é uma contribuição do Senado para todos os cidadãos".Com informações da Ansa
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