Frei Rovílio Costa
Hoje estava um dia radiante em Porto Alegre. E eu precisava despedir-me do frei Rovílio.
Saímos, meu marido e eu, rumo a Igreja Santo Antônio. Ficamos no fundo, pois a Igreja estava lotada. Amigos de toda parte vieram reverenciar nosso Frei. Reconheci diversas pessoas, mas não sabia identificá-las, possivelmente eram genealogistas do INGERS ou da RSGens, que eu, emocionada, não conseguia distinguir. Entre as presenças notei a do amigo Carlos Nozari, da Massolin de Fiori.
Quando cheguei, o sacerdote estava comentando a personalidade do frei, aquele algo a mais, além do intelecto. A alegria, a humildade, o hábito de ver beleza em tudo e brincar com tudo. Para mim,frei Rovílio levava a vida brincando, trabalhando muito, claro, e confiando em Deus. Mas era difícil saber quando estava falando sério, ou não. O sacerdote descreveu com tanta clareza o que era conviver, ao menos um pouquinho, com o frei, que acabado o sermão, os fiéis todos prorromperam em aplausos!Aplausos que duraram ao menos cinco minutos! Aplaudimos a grandeza de ser do Frei Rovílio.
Ao final da missa nos dirigimos à Capela Memorial dos Freis Capuchinhos, um pequenino e humilde cemitério dentro do próprio Convento. Durante este trajeto, palmas homenageando com amor e alegria a despedida que ele não queria que fosse triste.
Foi sepultado voltado para a Biblioteca do Convento, pois quem amava mais os livros que ele?
Lembrei-me, então, que hoje começa a Semana do Imigrante, e hoje, justamente hoje, nos despedimos de seu sorriso. Mas somente do seu sorriso. Toda sua vida vai ficar em incontáveis livros, todo seu amor pelos colonos italianos, toda sua compreensão diferenciada do mundo.
“Mirna, leia se quiser, mas enriqueça a obra com sua vida, sua fé e sua história. Deus a abençoe com sua família, amigos e pessoas que se enriquecem com sua riqueza pessoal.
Assim era e é Rovílio Costa. E prometi a ele, vou enriquecer nossa história, sim, e deixá-la para que minha filha continue a escrevê-la. É minha humilde maneira de homenagear sua vida. E lembrá-la para sempre!
Hoje estava um dia radiante em Porto Alegre. E eu precisava despedir-me do frei Rovílio.
Saímos, meu marido e eu, rumo a Igreja Santo Antônio. Ficamos no fundo, pois a Igreja estava lotada. Amigos de toda parte vieram reverenciar nosso Frei. Reconheci diversas pessoas, mas não sabia identificá-las, possivelmente eram genealogistas do INGERS ou da RSGens, que eu, emocionada, não conseguia distinguir. Entre as presenças notei a do amigo Carlos Nozari, da Massolin de Fiori.
Quando cheguei, o sacerdote estava comentando a personalidade do frei, aquele algo a mais, além do intelecto. A alegria, a humildade, o hábito de ver beleza em tudo e brincar com tudo. Para mim,frei Rovílio levava a vida brincando, trabalhando muito, claro, e confiando em Deus. Mas era difícil saber quando estava falando sério, ou não. O sacerdote descreveu com tanta clareza o que era conviver, ao menos um pouquinho, com o frei, que acabado o sermão, os fiéis todos prorromperam em aplausos!Aplausos que duraram ao menos cinco minutos! Aplaudimos a grandeza de ser do Frei Rovílio.
Ao final da missa nos dirigimos à Capela Memorial dos Freis Capuchinhos, um pequenino e humilde cemitério dentro do próprio Convento. Durante este trajeto, palmas homenageando com amor e alegria a despedida que ele não queria que fosse triste.
Foi sepultado voltado para a Biblioteca do Convento, pois quem amava mais os livros que ele?
Lembrei-me, então, que hoje começa a Semana do Imigrante, e hoje, justamente hoje, nos despedimos de seu sorriso. Mas somente do seu sorriso. Toda sua vida vai ficar em incontáveis livros, todo seu amor pelos colonos italianos, toda sua compreensão diferenciada do mundo.
“Sou gaúcho, depois brasileiro, depois
italiano”.(Frei Rovílio Costa)
“O dialeto se constitui, pois, numa forma plena da
memória da vida de nossos antepassados.Perder a linguagem é perder a memória do
passado.”(Frei Rovílio Costa)
Para encerrar, tenho em minhas mãos o livro Etnias e Carisma, uma poliantéia em homenagem a Rovílio Costa, com textos de mais de cem pessoas. Este livro me foi presenteado pelo frei, e possui 1168 páginas. Deu-me com a condição de que o lesse na cama, segurando-o apenas com uma das mãos! Pesa uns três quilos! Autografou-o com as seguintes palavras:
“Mirna, leia se quiser, mas enriqueça a obra com sua vida, sua fé e sua história. Deus a abençoe com sua família, amigos e pessoas que se enriquecem com sua riqueza pessoal.
Cordialmente, Frei Rovílio Costa.
Porto Alegre, 08/08/2006”
Assim era e é Rovílio Costa. E prometi a ele, vou enriquecer nossa história, sim, e deixá-la para que minha filha continue a escrevê-la. É minha humilde maneira de homenagear sua vida. E lembrá-la para sempre!
Mirna Lanius Borella Bravo
Porto Alegre, RS, 14 de junho de 2009
Texto e fotos Mirna Lanius Borella Bravo
Porto Alegre - RS
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