quarta-feira, 8 de julho de 2009

Berlusconi diz que países do G8 voltarão a se reunir em L'Aquila no final do ano


L'AQUILA, 8 JUL (ANSA) - Os líderes do G8 (grupo dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia) voltarão a se reunir em L'Aquila antes do final do ano, anunciou hoje o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. O premier concedeu nesta quarta-feira uma entrevista coletiva após a primeira sessão de trabalho da 35ª Cúpula do G8, que ocorre entre hoje e sexta-feira na cidade italiana. Neste primeiro dia do encontro, os líderes discutiram principalmente a crise econômica mundial, as mudanças climáticas e a diminuição da pobreza na África. Sobre a crise, Berlusconi afirmou que "analisamos a situação de cada país e constatamos em todos sinais de melhora. Decidimos que é importante manter a ajuda ao sistema bancário, à indústria e aos desempregados". O primeiro-ministro assegurou que os governantes do G8 querem "enviar uma mensagem de confiança", pois "a crise está nas nossas costas, mas vamos continuar com ações coordenadas para enfrentá-la". Hoje, as oito maiores economias do mundo também se comprometeram a reduzir em 80% as emissões de gás carbônico até 2050, com base nos níveis registrados em 1990. No âmbito global, esperam, com a ajuda dos emergentes, reduzir em 50% estas emissões. "A Europa e os Estados Unidos concordam com a redução das emissões de gás carbônico. Vamos levar esta posição comum aos países emergentes", afirmou Berlusconi.

Amanhã, os líderes do G8 discutirão o assunto com os governantes dos países em desenvolvimento mais industrializados do mundo, que formam o G5 (Brasil, China, Índia, África do Sul e México) e foram convidados a ir à Cúpula de L'Aquila. Até agora, a Índia e a China -- dois dos maiores emissores de poluentes do mundo -- foram contra as resoluções tomadas pelos países desenvolvidos sobre o tema. "Seria improdutivo reduzir as emissões apenas nos Estados Unidos e na Europa, precisamos contar com esses países", afirmou Berlusconi. Em relação à diminuição da pobreza na África, Berlusconi assegurou que até o final deste ano a Itália vai enviar recursos financeiros destinados às crianças do continente.

Ansa

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