O chanceler italiano, Franco Frattini, insinuou ontem que jornalistas teriam pagado à prostituta Patrizia D'Addario para que ela declarasse que manteve relações sexuais com o premier Silvio Berlusconi. Desde segunda-feira, a revista L'Espresso vem publicando em sua página de internet gravações de áudio nas quais um homem (que seria o primeiro-ministro) conversa sobre assuntos de teor sexual com D'Addario, uma prostituta que diz ter recebido dinheiro para participar de festas promovidas por Berlusconi em suas mansões. Para Frattini, contudo, as revelações contidas no material "são absolutamente falsas". "Há jornalistas que pagaram a esta prostituta para que ela fizesse declarações contra o premier", disse ele à rede britânica BBC.
Em sua edição impressa, que chegará às bancas nesta sexta-feira, a L'Espresso promete publicar a transcrição completa dos diálogos, gravados a partir de outubro de 2008. "Pagar a alguém para que faça afirmações falsas é uma conduta imoral", acrescentou o chanceler. Segundo ele, o fato de que nenhum juiz tenha usado os áudios para abrir uma investigação contra Berlusconi demonstra que as acusações "não se sustentam". Nas gravações, D'Addario conversa com dois homens. Um seria Berlusconi; o outro, o empresário Giampaolo Tarantini, suspeito de aliciar mulheres para as festas do premier. Também nesta quinta-feira, o advogado de Berlusconi, Niccoló Ghedini, alegou mais uma vez que os áudios são falsos, pois os arquivos originais, que a prostituta garante haver gravado, estão sob poder da Procuradoria de Bari. "A Procuradoria de Bari já esclareceu que as gravações supostamente feitas por D'Addario nunca saíram de sua sede nem foram transcritas", explicou. Ontem, ao comentar publicamente pela primeira vez os episódios relacionados a sua vida particular, Berlusconi disse que "não é santo".
Com informações da Ansa
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