sexta-feira, 3 de julho de 2009

Imigração: É imoral repatriar sem controles


É absolutamente indispensável distinguir entre os que solicitam asilo político. Os refugiados não podem ser automaticamente comparados aos clandestinos. A equiparação automática eliminaria a dignidade da pessoa humana", afirmou ontem o presidente da Câmara, Gianfranco Fini, em um fórum para "El Mundo". Fini opinou que "um rigoroso controle nacional deve existir para a subsistência dos requisitos para pedir asilo. Todavia seria imoral apontar o dedo indicador e afirmar 'você é um clandestino, vou devolve-lo ao teu país de origem'. Em alguns casos seria como condenar aquele indivíduo à morte". No entanto, Fini observa que também para os clandestinos "vale o princípio básico da nossa cultura ocidental: em primeiro lugar são homens e depois imigrantes". Falando de imigração, o presidente da Câmara dos Deputados italiana explica: "Na Itália, nas nossas casas, é impensável encontrar uma italiana que assista os idosos ou que trabalhe como camareira. Este fato objetivo torna indispensável uma política de imigração que se baseie em dois pilares: ajudar os países de partida a progredir de um lado, e de outro tentar absorver com igualdade de direitos e deveres todos os estrangeiros disponíveis ou obrigados a deixar suas pátrias e dos quais precisamos dramaticamente. O interesse é recíproco". Fini reitera que é preciso fazer uma distinção entre a imigração regular e a clandestina; e que, mesmo neste último caso, prevalece o conceito de "ser homem em primeiro lugar, e depois imigrante". A este propósito, cita os pronto socorros no decreto-lei de segurança: "É inaceitável que se coloque a dignidade humana em segundo plano, dependendo se o imigrante está ou não em condição de legalidade. Investir hoje em políticas para a imigração significa ter uma vantagem amanhã, em relação àquela que se preanuncia como uma invasão bíblica", sentencia.

Da Ansa

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