O chefe da comissão de Transportes da União Europeia, Antonio Tajani, propôs nesta terça-feira (30) a elaboração de uma "lista negra" mundial de companhias aéreas sem padrões de segurança adequados, a exemplo da relação já elaborada pelos países do bloco.
"A minha ideia seria propor uma lista negra mundial, semelhante à da União Europeia", disse Tajani, depois das notícias sobre a queda de um avião da companhia Yemenia Air, do Iêmen, no Oceano Índico.
O Airbus 310, que havia decolado de Sanaa, no Iêmen, com destino a Moroni, em Comores, caiu com 153 pessoas a bordo.
A Yemenia Air não está na lista negra da União Europeia, que é atualizada regularmente. Tajani disse que vai entrar em contato com a companhia para "saber o que aconteceu e verificar o nível de segurança" de suas operações na Europa.
"Se quisermos melhor segurança, estou convencido de que precisamos ter uma lista negra mundial, a lista europeia funciona muito bem na Europa", disse Tajani. "Caso contrário vai ser difícil conseguirmos um grau adequado de segurança".
Lista
A UE colocou dezenas de companhias aéreas de várias partes do mundo - a maioria da África e da Ásia - em sua lista, o que significa que estão proibidas de voar para os 27 países do bloco europeu.
Estão incluídas todas as companhias do Benin, algumas empresas da República Democrática do Congo e do Quirguistão e seis baseadas no Cazaquistão. A lista também inclui a One Two Go Airlines, da Tailândia, e a Motor Sich Airlines, da Ucrânia.
A comissão de Transportes disse que Angola e Indonésia fizeram melhorias, mas apesar disso todas as suas companhias aéreas continuam banidas.
Em julho de 2007, problemas encontrados na aeronave que caiu levaram a União Europeia a fazer uma investigação sobre os padrões de segurança da Yemenia Air, informou um oficial da comissão.
Segundo o oficial, a UE fez 24 inspeções em um período de dois anos e constatou que havia melhorias nos padrões de segurança da empresa.
O ministro dos Transportes do Iêmen disse que o avião que caiu recebeu uma inspeção completa em maio, com supervisão do fabricante, Airbus.
BBC
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