domingo, 20 de setembro de 2009

Educação formal para os filhos de Colonos



Educação formal para os filhos de Colonos

No discurso do Presidente da Província de Minas Gerais, de 1898, informa-se que a Lei nº 150, de 20.06.1896, autorizou a "concessão de favores aos particulares" que quisessem fundar, em suas propriedade, núcleos coloniais. A condição era o fornecimento ao colono de uma casa, terreno para cultivo de subsistência e instrução gratuita para os filhos.Além disso, o Ministro da Agricultura Rodolpho Miranda declarou, em 1910, estar empenhado em prover todos os núcleos coloniais de escolas dotatas de material pedagogico moderno, funccionando em predios que reunam condições de capacidade e de higiene e servidas por professores capazes, dedicados ao magisterio e podendo exercel-o com methodo e proficiencia.Neste discurso, o então Presidente abordou a necessidade de ensinar a língua portuguesa para os filhos dos imigrantes, ombreando com a prática dos governos estrangeiros que procuravam perpetuar entre eles o idioma da pátria de seus pais. Em Minas Gerais, ficou determinado que não haveria frequência obrigatória nem seria exigido que os colonos matriculassem seus filhos. Entretanto, foi ressaltada necessidade de oferecer os meios possíveis para que as crianças aprendessem o português, independente de continuarem usando a língua de seus pais.Dentro da Colônia Agrícola da Constança funcionavam, em 1918, duas salas de aulas de primeiras letras e na fazenda Paraíso a escola começou a funcionar antes de 1920 porque, segundo descendentes, na época alguns empregados vinham procurando emprego em outro lugar exatamente porque "os filhos precisavam estudar".


O que a história pode ensinar ao mundo de hoje?
Resposta de Mary del Priore, em entrevista na Bienal:
Prá começar, cidadania e ética, que são duas palavras que estão muito banalizadas mas que são da maior importância prá nós continuarmos vivendo num mundo habitado por gente e não por animais... conhecer o seu passado, ter uma memória, ter zelo pelo seu passado... tudo isso se traduz numa postura cidadã mais engajada, mais dinâmica, mais enérgica... nós não podemos ser criaturas que apenas levamos o alimento da mão à boca.


Ouça aqui.


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