O arquiteto Antônio Landi deixou o Centro Histórico de Belém parecido com as ruas italianas. Carlos Gomes trouxe do além-mar a influência musical de Milão. Imigrantes, no século XIX, desembarcaram técnicas de cultivo, tradições culinárias e um característico repertório artístico e cultural na Amazônia. Mais tarde, no período militar, descendentes de italianos do Sul do Brasil migrariam para as “terras sem homens”, no Norte do País. E, assim, a história garantiu que parte da Amazônia se tornasse italiana.
Para lembrar essas aproximações e reforçar a cultura e a língua italiana no Norte e Nordeste do Brasil, estão sendo realizados, entre os dias 14 e 19 de setembro, o XIII Congresso da Associação Brasileira de Professores de Italiano (ABPI), o VII Encontro Internacional de Estudos Italianos e a II Jornada de Italianística da América Latina. Em comum, a discussão sobre "A presença italiana no Brasil: do erudito ao popular" que envolverá, também, debates sobre a implantação do ensino do idioma italiano e de uma Cátedra de Italianística na UFPA.
Na abertura da programação, Flora de Paoli Faria, presidente do Congresso, reforçou a relevância que a Itália tem no Estado paraense. “A língua italiana é optativa no processo seletivo de ingresso na UFPA. Aqui, temos pesquisas como as realizadas pelo professor Flávio Nassar, no Fórum Landi, e pela professora Marília Emmi, sobre a presença de italianos na Amazônia. Os primeiros italianos que chegaram à Amazônia vieram em busca de aventura e de sonhos e hoje nos reunimos aqui para lembrar nossa história em comum, nosso presente compartilhado e construir perspectivas de um futuro juntos”.
“São muitos os laços, os elementos que nos tornam irmãos. Penso que traçar os caminhos para a implantação da Cátedra de Italianística e, futuramente, de graduações em língua italiana podem ser nossas formas para lembrarmos os primeiros italianos que aqui chegaram. Embarquemos nós em novas aventuras e em novos sonhos que nos conduzam para uma fraterna e longa amizade”, saudou o reitor da UFPA, Carlos Maneschy, aos participantes dos eventos.
A programação ocorrerá em vários lugares da UFPA, primeira universidade do Norte do País a receber o evento em parceria com a Associação Brasileira de Pesquisa e Italianística, a Casa de Estudos Italianos e a Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas da UFPA. Entre as autoridades presentes no evento, estão Nicoletta Maraschio, presidente da Academia Della Crusea; Alessandro Dell’Aira, diretor do Departamento de Educação e representante do Consulado Geral da Itália em São Paulo; Mauro Porru, presidente da Associação Brasileira de Professores de Italiano; Rubens Piovano, diretor do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro; deputado Fábio Porta, representante do Parlamento italiano de Roma; Flávio Nassar, pró-reitor de Relações Internacionais da UFPA; Heloisa Belini, coordenadora da Casa de Estudos Italianos da UFPA e o deputado estadual do Pará, José Megale, representante da Assembleia Legislativa do Estado. (Asscom/UFPA)
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