São 5.500 os municípios italianos que correm riscos com eventuais desastres naturais, de acordo com o professor da Segunda Universidade de Nápoles e especialista do Conselho Nacional de Pesquisas (CNR), Antonio Coviello. A situação é mais crítica no sul do país e na região da Campânia, onde pelo menos 291 municípios estão em risco hidrogeológico e 82 devem rever rapidamente seu zoneamento -- a maior parte destes na província de Salerno. Além disso, 300 comunidades precisam de um contínuo monitoramento. Na última quinta-feira, pelo menos 24 pessoas morreram em decorrência de desabamentos de construções e deslizamentos de terra causados por fortes chuvas na província de Messina, na Sicília. Segundo dados oficiais do Ministério do Ambiente da Itália, estão em "risco elevado" de calamidades naturais 89% das cidades da Umbria, 87% das de Molise, 71% das da Ligúria e Vale d'Aosta, 68% das de Abruzzo e 44% das da Lombardia. Coviello citou ainda que as catástrofes naturais custam ao Estado italiano dois bilhões de euros ao ano. Para cobrir esse déficit, o pesquisador sugeriu a criação de uma conta de seguros mista, público e privada, coberta a nível comunitário. "O dinheiro 'poupado' pelo Estado seria assim utilizado para prevenir tais desastres, com a intervenção de políticas de gestão de risco sobre o território", explica o pesquisador. O pesquisador disse também que em uma carta endereçada ao premier italiano, Silvio Berlusconi, o chefe da Defesa Civil, Guido Bertolaso, traçou "os riscos de cinco possíveis calamidades naturais que a Itália poderia sofrer, entre elas uma eventual erupção do [vulcão] Vesúvio [que está localizado em Nápoles]".
Da Ansa
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