sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Trabalho, família e Igreja que estão em mim



“Nascido em 1928, sou filho de Valentin Grazziotin (*1891) e Raquele Bordin (*1896). Sou neto de Angelo Francesco Grazziotin (*1864) e Beata Giulia Decanal. Bisneto de Valentino Grazziotin (*1837) e Luigia Poloni. Trineto de Ângelo Grazziotin (*1797) e Angela Piva. Quadrineto de Valentino Gobbatello Grazziotin (*1770) e Angela Felice Roccon. Sabemos de antepassados nossos, na província de Treviso, em Biadene (1601), em Nogaré e Montebelluna (1700). O sobrenome era Grazetino, Grassetin, Graciatin, Graciotin e, hoje, Graziottin em Montebelluna e Graziotin no resto da Itália, e Grazziotin no Brasil.
O esporte sempre foi minha paixão. Jogava como ponta esquerda e zagueiro no time da vila. Por gostar de bochas, papai me presenteou com um jogo delas de 600 gramas. Com duas canchas cobertas e iluminadas a cetileno, podíamos jogar de dia e de noite, seguindo o filó com pinhão, pipoca, batata, vinho, cartas e mora. Aos 15 anos, assumi o controle de quatro hectares de parreiral, mas permaneci trabalhando na loja do pai.

Depois de 58 anos de convivência, cinco filhos e três filhas, Regina Bordin, minha esposa, foi morar no céu. Em 1950, eu e os irmãos Tranqüilo, João e Idalino fomos para Passo Fundo, onde fundamos a Grazziotin S/A, hoje com 4 redes de lojas: Grazziotin, Tottal Casa & Conforto, Pormenos e Franco Giorgi, seis vezes campeã brasileira em gestão de pessoas. Empresa, família e Igreja polarizaram minha vida. Desde 1953, integro a Sociedade São Vicente de Paulo, que desde 1961 me confiava a vice-presidência e presidência do Hospital São Vicente de Paulo, que, intercaladas, exerci por 42 anos. Recebi a medalha São Vicente de Paulo e Título de Benfeitor, e tornei o hospital, com 500 médicos e 2.200 funcionários, referência nacional em saúde. Na Igreja, participei do MFC, OFS, Assistência Social Diocesana Leão XIII, Conselho Paroquial Santa Terezinha, fundador do Serra Clube... Integrei o grupo de Bolão Rompedores, com carteira de bochófilo desde 1972, e do Clube Caixeral Campestre. No centenário do clube, em 2001, foi disputado o troféu Plínio Grazziotin, em campeonato de duplas. Em 2008, foi realizada a primeira, de três, copa interestadual de trios Plínio Grazziotin. Integro os Veteranos de Balneário Camboriú e a Academia de Bochas dos Menores de 100 Anos Abelardo Marcondes.

Com emoção, a 9-8-2008 celebrei 80 anos com amigos e parentes, em missa concelebrada por dom Ercílio, dom Urbano e 4 padres. Em 1975, iniciei com o Instituto Araldico Coccia a pesquisa das origens e brasão dos Grazziotin, cujo pioneiro, Valentino, chegara em Caxias do Sul a 13-2-1879. Em 1996, aos cem anos de minha mãe, Raquele, em colaboração com os irmãos Clarice e Tranqüilo, publiquei a síntese histórica da família. Em 29-3-2008, com o irmão Clarice, reunimos os descendentes de Valentin e Raquele e lançamos o Encontro Mundial dos Grazziotin para 14-3-2009, em Passo Fundo, com parentes do Brasil, Itália, França, Argentina, Canadá...

Fonte: Jornal Correio Riograndense - ETNIAS, Edição 5.169 – Ano 101 – Caxias do Sul - RS, 25 de novembro de 2009.

Nossos agradecimentos ao amigo Floriano Molon por ter nos enviado a notícia!

Postado por Gissely Lovatto Vailatti, em nome da equipe de Pesquisa Histórica 125 anos
http://travalfredochaves-125anos.blogspot.com/

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