O ministro da Defesa da Itália, Roberto Maroni, confirmou ontem (5) que o país passará a usar o scanner corporal nos aeroportos de Fiumicino, em Roma, e Malpensa, em Milão, dois dos mais importantes do país.
Em entrevista à imprensa italiana, Maroni se mostrou "decidido" a fazer com que os equipamentos "sejam colocados pelo menos" nos dois terminais.
O objetivo é reforçar a segurança nos aeroportos para evitar ataques terroristas como o ocorrido na noite de Natal, quando o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab tentou explodir um avião que fazia a rota Amsterdã-Detroit. A ação fracassada foi reivindicada pelo braço iemenita da Al-Qaeda.
O ministro italiano da Defesa também comunicou que verá nos próximos dias o presidente do Ente Nacional de Aviação Civil (Enac), Vito Riggio, para discutir a utilização dos scanners.
Quanto à invasão de privacidade acarretada pelo escaneamento, Maroni afirma que será buscada uma saída para o problema.
"O direito à vida é superior ao da privacidade", afirmou. "Creio que se possa adotar uma solução concreta e equilibrada: com scanners pouco invasivos da figura do corpo do passageiro, que aparece opaca ao operador, mas capazes de revelar qualquer anomalia".
Ainda ontem, o chanceler do país europeu, Franco Frattini, comentou a medida afirmando que é chegado o momento dos italianos se equiparem melhor para enfrentar o terrorismo.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, se existe uma tecnologia moderna capaz de fornecer maiores garantias de segurança, ela deve ser usada.
O direito à privacidade é "inalienável", mas o direito de "não explodir no ar dentro de um avião é ainda mais importante", enfatizou Frattini, dizendo que "quem não tem nada a temer" não deve ver problemas em "submeter-se a uma rápida passagem pelo equipamento e viajar seguro".
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