As principais autoridades italianas condenaram o atentado ocorrido na cidade de Reggio Calábria, no sul do país, onde uma bomba explodiu contra a sede do tribunal local, causando danos ao edifício.
O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, divulgou uma nota na qual se dirige às autoridades calabresas e expressa solidariedade e proximidade à região e aos magistrados.
Ainda no comunicado, o chefe de Estado diz apreciar e encorajar as ações executadas pelas forças de ordem contra a criminalidade e em favor das instituições.
O ministro da Justiça do país europeu, Angelino Alfano, também condenou o ataque, demonstrando "desdém pelo grave atentado" perpetrado contra o tribunal da capital da Calábria.
Alfano afirmou que o edifício é um "símbolo da luta contra a máfia e lugar de extraordinários sucessos do Estado nos confrontos com as organizações criminosas".
Suspeita-se que a explosão tenha sido orquestrada pela N'Drangheta, a máfia calabresa, já que um ataque semelhante foi executado ainda na manhã de hoje contra uma peixaria cujo dono é parente de Emilio Di Giovine, um pentiti (ex-mafioso que colabora com a Justiça em troca de redução da pena). Um ato similar também ocorreu antes do Natal contra um bar de outro familiar de Di Giovine.
Em sua mensagem, o ministro afirma estar "absolutamente certo" de que a explosão "não fará diminuir, mas crescer o empenho dos juízes da região no combate a todas as formas de violência e prevaricação".
O presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, expressou "apoio e plena solidariedade aos magistrados e a todos os operadores da Justiça do tribunal de Reggio Calábria pelo vil atentado desta noite".
Fini se declarou próximo aos que diariamente "desenvolvem com dedicação e senso de responsabilidade o próprio trabalho em nome da legalidade e da democracia".
Também o presidente do Senado italiano, Renato Schifani, condenou "sem reservas" o que seria um "ato ignóbil e criminoso".
"A violência do gesto testemunha a eficácia das ações contra a praga do crime organizado, conduzidas com determinação pelos magistrados locais. As instituições democráticas estão e estarão sempre ao lado de quem cotidianamente luta contra o sistema mafioso e não abaixa a guarda frente a qualquer ato intimidatório", comentou Schifani.
O ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni, convocou para o próximo dia 7 uma reunião extraordinária com a cúpula da polícia local e outras autoridades de ordem para discutir o atentado. O encontro ocorrerá em Reggio Calábria.
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