O Dia Internacional da Língua Materna é comemorado em 21 de Fevereiro e foi proclamado pela UNESCO em 17 de Novembro de 1999. Foi reconhecido formalmente pela Assembléia Geral das Nações Unidas, que estabelece 2008 como o ano internacional das Linguas. O dia Internacional da Língua Materna se originou com o Dia do Movimento da Língua, que é comemorado em Bangladesh (anteriormente Paquistão Oriental) desde 1952. O dia é comemorado anualmente pelos estados membros da UNESCO e em suas matrizes para promover a diversidade e o multilingualismo linguísticos e cultural.
Falar é uma das faculdades mais importantes do ser humano, pois o diferencia dos animais irracionais. Não se sabe com certeza quantas diferentes línguas há no mundo, porém, sem dúvida, são mais de quatro mil. Na África, por exemplo, são faladas 1.300 línguas, entre 560 milhões de pessoas; na Europa, falam-se mais de trinta.
A língua é um sistema gramatical pertencente a um grupo de indivíduos que permite expressar a consciência dessa coletividade; a linguagem é o sistema de sinais que serve de meio de comunicação entre as pessoas. A língua materna, portanto, expressa a cultura, a alma de um povo.
A língua portuguesa espalhou-se pelo mundo todo como resultado das conquistas territoriais efetuadas pelos navegadores portugueses. Nos séculos XV e XVI, Portugal possuía colônias na África, em ilhas da China e na América do Sul, ou seja, em terras brasileiras. Com a expansão marítima de Portugal, único país de língua portuguesa da Europa, o português tornou-se a língua oficial de suas novas possessões e passou a ser ensinado nas escolas e falado nos lares, sobretudo no Brasil. Nas outras colônias as populações continuaram utilizando dialetos bem diferentes.
O português ocupa a 8ª posição entre as dez línguas mais faladas do mundo; calcula-se que seja falado por cerca de 230 milhões de pessoas.
É fato comprovado que uma língua se nutre de outras, pois as palavras que atravessam fronteiras provêm, em geral, de uma cultura dominante. A riqueza do português falado no Brasil se deve ao fato de ter incorporado vários termos estrangeiros e de ter recebido a influência de outros idiomas. O Nordeste sofreu a invasão dos holandeses e dos franceses e incorporou expressões desses povos. As regiões Sul e Sudeste acolheram imigrantes italianos e alemães, e isso se reflete no modo sulista de falar. Há ainda a influência de línguas indígenas e africanas.
Um idioma desaparece quando a sociedade que o fala se extingue. Foi o que aconteceu com o idioma de certas tribos indígenas brasileiras. O latim é um caso diferente. Atualmente, nenhuma sociedade se expressa em latim, que, apesar disso, continua sendo usado, de certa maneira, pelos povos que falam as chamadas "línguas latinas ou românicas": português, espanhol, francês, italiano, romeno etc. As línguas estão em constantes transformações que espelham a evolução da história, haja vista o português do século XII, que era diferente do atual; o do futuro também será diferente.
Alguns países têm se esforçado para manter o purismo de seu idioma. A França tem resistido aos estrangeirismos e conseguiu substituir com sucesso alguns termos técnicos na área de informática. O Brasil - único país de língua portuguesa no continente americano -, para proteger sua língua da influência estrangeira, teria de se unificar com os outros países de idioma português. Isso é quase impossível, pois, mesmo dentro do território brasileiro, não só a língua falada como também a escrita são diferenciadas pelos regionalismos.
Da Wikipédia/ http://quiosqueazul.blogspot.com/
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